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Indígenas vão criar centro turístico em Baía da Traição

Correio da Paraíba (João Pessoa - PB)
06 de Ago de 1999

Lideranças indígenas da Baía da Traição, represen­tantes do Banco do Brasil, Banco do Nordeste. PBTur, Secretaria da educação, Fu­nai, prefeitos, militares do Exército e organizações não governamentais, se reuniram durante todo o dia de ante­ontem no posto da Funai da aldeia Potiguara, Baía da Traição, para a criação do Centro Cultural Indígena e elaboração de propostas para alavancar o turismo eco­lógico na região. A reunião contou com a participação da Comissão Interinstitucional Paraibana, responsável pela organização das come­morações dos 500 anos do descobrimento do Brasil.

AGENDA
Segundo Omar Brito, dire­tor do Grupo Temboquinhanão, uma organização não governa­mental qúe desenvolve ativida­des teatrais na aldeia, a comissão volta a se reunir na próxima quinta-feira na sede da PBTur, em João Pessoa, para definir uma agenda de eventos e a criação de meios de financiamento de projetos turísticos para as áreas indígenas do Litoral Norte da Paraíba. Espalhados pelos municípios da Baía da Traição, Marcação e Rio Tinto, os potiguara formam uma população de 7.726 índios, distribuídos por 24 aldeias. "O que significa um grande potencial cultural", garante Omar Brito. Durante a reunião de anteontem foi formada uma comissão para desenvolver atividades culturaispara atrair turistas para as aldeias.
Depois de dançarem o Toré para os visitantes, os índios anunciaram uma programação de interação com a população branca, que prevê visitas às escolas para a difusão das cultura potiguara, montagem de espetáculos pelo grupo Akajutibiró e elaboração de trilhas ecológicas.

ENTIDADES APÓIAM EVENTOS
Omar Brito assegurou que o potencial turístico e cultural na aldeia é imenso e que as atividades artísti­cas e o desenvolvimento da cultura potiguara fortalecem o crescimento da auto-estima indígena. Omar Brito, que é psicólogo e diretor de teatro, presta assessoria ao grupo de teatro da aldeia responsável pela montagem de um espetáculo escrito e dirigido pelos indígenas sobre a trajetória dos poti­guara desde o descobrimen­to, dirigido pelo índio Pedro Lobo. Omar destacou o interesse da Funai e dos órgão públicos e agentes financeiros em apoiarem a criação do Centro Cultural.

ORGANIZAÇÕES
Participaram da reunião no posto da Funai o delegado do órgão na Paraíba, Petrônio Machado, o major Marcos An­tônio, representante do Gru­pamento de Engenharia, Dul­ce Magalhães, da Secretaria de Educação, Eliezeu Batista do Banco do Nordeste, Antônio de Pádua, do Banco do bra­sil, João Madruga, da PBTur, principais caciques patiguara e os prefeitos Gilberto Barre­to; de Marcação, Marcos San­tana, de Baía da Traição e Marcos Gerbise, de Rio Tinto.

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