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Indígenas Tenharim pedem regularização das barreiras na Br 230/ Transamazônica e denunciam retirada ilegal de madeira e existência de assentamento do Incra dentro de Terra Indígena

Coiab
18 de Jan de 2008

A Organização dos Povos Indígenas do Alto Madeira (OPIAM) e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) protocolaram ontem (17/01) no Ibama e Incra, documentos que denunciam a retirada ilegal de madeira e a existência de assentamento do Incra dentro da Terra Indígena Tenharim do Marmelo/ Gleba B e Sepoti, localizadas no município de Manicoré e Humaitá, no sul do Amazonas. Foram entregues documentos ao Ibama e ao Incra, fazendo a denúncia e pedindo providências.

Os Tenharim, entregaram também ao Ministério Público Federal, na Procuradoria da República no Amazonas, documentos referentes a instalação de barreiras dentro da Terra Indígena, onde está localizado a BR 230 / Transamazônica. No documento pedem indenização e a regularização das barreiras. Junto aos documentos entregues, os indígenas levaram ao conhecimento do Ministério Público Federal um relatório de um estudo de impacto ambiental, cultural e antropológico realizado nas imediações da Br.

Os Tenharim cobram uma quantia em dinheiro dos carros que trafegam nesta Rodovia. Segundo Aurélio Tenharim, coordenador da OPIAM, a cobrança em dinheiro foi a única maneira encontrada por eles para compensar os impactos ambientais e antropológicos causados pela rodovia. Essa medida foi tomada também por não terem atendimentos dos programas do governo, principalmente na educação e saúde, os valores arrecadados pela cobrança são revestidos para as aldeias.

Sobre o assentamento do Incra em Terra Indígena, Jecinaldo Satere Maué - Coordenador da Coiab, afirma que os invasores retiram madeira de forma ilegal, transportam para serrarias localizadas no km 180 da Transamazônica e depois comercializam. "Solicitamos que sejam tomadas providências a respeito da existência deste assentamento dentro da referida terra indígena, pois esta ação, além de ferir gravemente os direitos indígenas, ainda está causando grande devastação ambiental na região" diz Jecinaldo Sateré Maué.

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