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Indígenas, quilombolas e multas não preocupam mais fazendeiros, afirma Bolsonaro

PNB - https://www.pnbonline.com.br/
Autor: Safira Campos
17 de Ago de 2021

Em entrevista à Rádio Capital nesta terça-feira, o presidente comemorou o que considera avanços para a produção rural brasileira.

Em entrevista concedida à Rádio Capital FM nesta terça-feira (17.08), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comemorou o que considera avanços para a produção rural brasileira. As dificuldades impostas para a demarcação de terras indígenas e quilombolas, a queda na aplicação de multas ambientais e a ampliação do acesso a armas de fogo foram alguns dos itens celebrados pelo presidente.

Perguntado sobre quais razões considera determinantes para o grande apoio recebido por produtores rurais brasileiros, o presidente afirmou que sua gestão tem facilitado a atuação dos fazendeiros no Brasil. O fato de que nenhuma nova terra indígena ou quilombola começou a ser demarcada em seu governo foi um dos exemplos citados pelo presidente.

"Os fazendeiros não acordam mais preocupados em saber se foi publicada no Diário Oficial da União uma portaria iniciando a demarcação de uma nova terra indígena. Nós fizemos uma série de exigências, de modo que até o momento, com dois anos e meio de governo, nenhuma nova terra indígena começou a ser demarcada. O mesmo para quilombolas. Não sei se há muito essa questão aí em Mato Grosso, mas na questão do Brasil, nós também zeramos essa questão de quilombola", afirmou.

Conhecida como posse de arma estendida, a Lei 13870, sancionada por Bolsonaro em setembro de 2019, também foi elencada pelo presidente como um dos motivos do apoio permanente desta parte da sociedade. A norma autoriza o produtor rural que tenha posse de arma de fogo a andar armado em toda a extensão de sua propriedade rural, e não apenas na sede da propriedade, como era antes.

"Nós ampliamos isso daí. Hoje um fazendeiro pode pegar seu cavalo ou sua viatura e andar armado toda a extensão de sua propriedade. Inclusive comprando fuzis, o que nós conseguimos por decreto presidencial. Isso permite que o homem do campo compre fuzil, com a única diferença de não poder ser automático", disse o presidente.

A diminuição acentuada na aplicação de multas ambientais por parte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também foi exaltada. Dados divulgados recentemente pela CNN, obtidos através da Lei de Acesso à Informação (LAI), mostram que autos de infração do Ibama e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) caíram 30% somente nos dois primeiros anos do governo Bolsonaro. No mesmo período, o desmatamento na Amazônia Legal, que abrange nove estados do país, incluindo Mato Grosso, aumentou em 47%.

"Geralmente o Ibama chegava e era um festival de multas. Nós racionalizamos isso. Multa é em última instância para ser aplicada por parte do Ibama. E assim foi feito. Uma multa racional, uma multa legal. Basicamente essas medidas trazem tranquilidade para o homem do campo".

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