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Indígenas irão atuar como técnicos em prótese dentária

Funasa-Brasília-DF
22 de Mai de 2006

Cinco indígenas de etnias como Karipuna e Galibi serão diplomados no próximo mês de junho em Técnicos Indígenas em Prótese Dentária. Após três anos de curso de formação, os indígenas serão os primeiros a atuar na região do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Amapá e Norte do Pará da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), onde vivem cerca de oito mil índios.

A expectativa é de que, logo após a diplomação, eles sejam contratados pela organização não-governamental conveniada da Funasa na região e comecem logo a trabalhar. E a demanda é grande. Dos oito mil indígenas que vivem na área, estima-se que cerca de 800 (10%) necessitem de algum tipo de prótese dentária.

Segundo o dentista Kleber Rabelo Carvalho, coordenador de Saúde Bucal do Dsei Amapá e Norte do Pará, o atendimento a este contingente deve levar de dois a três anos. Os cinco técnicos irão atuar inicialmente na região do Oiapoque, onde estão seis mil indígenas, estendendo, posteriormente, o trabalho para o Parque do Tumucumaque e Serra do Navio.

Carvalho explica que havia uma demanda grande por este tipo de serviço na região e não havia técnico disponível para execução nas comunidades. "Os indígenas cobravam muito este tipo de serviço", afirma. Surgiu então o projeto de realização do curso, que teve início em 2003. O curso é formado por oito módulos assistenciais e presenciais, que incluem antropologia, saúde e alguns módulos específicos da confecção. Carvalho espera agora que a idéia se dissemine e mais índios sejam formados em outras partes do País.

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