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Indígenas e trabalhadores rurais pedem afastamento do superintendente do Incra em Tocantins

Cimi-Brasília-DF
11 de Nov de 2004

Mais de 40 Krahô/Kanela estão em frente ao prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) manifestando-se contra o mandato do seu atual superintendente, José Cardoso.
Juntamente com os indígenas Krahô/Kanela, outros movimentos de luta no campo, como MST, MAB, CPT, FETAET (Federação dos Trabalhadores no Tocantins), exigem o afastamento imediato de Cardoso, por ele não corresponder às necessidades da reforma agrária no estado. Estes movimentos compreendem o direito constitucional dos Krahô/Kanela à demarcação do seu território, terra indígena Mata Alagada, e por isso apóiam suas reivindicações.
O povo Krahô/Kanela pede o retorno imediato para os dois lotes do assentamento Loroty, baseando-se no estudo antropológico que indicou entre os lotes deste assentamento nove que pertencem aos Krahô/Kanela.
São mais de 550 pessoas, entre indígenas e trabalhadores rurais, acampados debaixo da lona preta e por tempo indeterminado. Os manifestantes indicam Sávio Barbalho (advogado e ex-agente da CPT) para ocupar o posto de superintende do Incra em Tocantins.
Para o líder Mariano Krahô/Kanela, "Barbalho é a pessoa mais indicada, pois tem responsabilidade com os trabalhadores e é competente para este cargo".
A comunidade indígena acredita que este é um momento importante, pois se preparam para voltar para sua terra e entendem que a cada momento que passa, como afirma o líder Felicíssimo Krahô/Kanela, "fica mais perto o cheiro Terra Mata Alagada".

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