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Indígenas do Acre participam de primeiro álbum autoral e série documental do DJ Alok

G1 AC -g1.globo.com/ac
Autor: Por Irya Rodrigues G1 AC
28 de Jun de 2021

https://g1.globo.com/ac/acre/natureza/amazonia/noticia/2021/06/28/indig…

Alok se inspira nas raízes indígenas para produzir primeiro álbum da carreira e série. Ao menos oito indígenas acreanos, das etnias Yawanawá e Huni Kui, estão com o DJ gravando novo projeto.

Indígenas do Acre, das etnias Yawanawá e Huni Kui, participam do novo projeto do DJ eleito quinto melhor do mundo, Alok. Imerso nas raízes sonoras de povos originários brasileiros, o artista produz o primeiro álbum autoral de sua carreira.

Todo o processo de criação está sendo registrado e, segundo o DJ publicou em suas redes sociais, vai se tornar uma série documental.

"É com muita alegria que compartilho esse momento com vocês: Comecei a produzir o primeiro álbum da minha carreira. E como fonte de inspiração estou imerso nas raízes indígenas. Ficarei trabalhando aqui pelos próximos 30 dias. Obrigado pela energia positiva, galera. Sem dúvidas, o projeto mais especial da minha carreira", publicou o artista.

O G1 entrou em contato com um dos indígenas acreanos que está com o artista gravando o álbum, mas ele informou que ainda não tem autorização para comentar sobre o projeto. A reportagem também tentou ouvir Joaquim Yawanawá, cacique da aldeia Mutum, e com a assessoria de imprensa do artista, mas não obteve resposta até última atualização da matéria.

Uma parente dos indígenas do Acre contou ao G1 que participam do álbum sete indígenas aldeados da etnia Yawanawá, da aldeia Mutum, no município acreano de Tarauacá, e um cacique e líder espiritual Mapu Huni Kui, do Centro Huwã Karu Yuxibu, de Rio Branco.

Ela disse que o grupo está com o artista há cerca de 15 dias em Belo Horizonte para as gravações e que devem retornar ao Acre no próximo mês. "O Alok já veio para nossa aldeia há alguns anos, conheceu e desde então tinha esse projeto que estão colocando em prática agora. Tem uma comitiva para lá. É muito gratificante saber que essa nossa luta está sendo reconhecida."

Nas postagens feitas por Alok nas redes sociais, ele informa que a renda gerada com o álbum deve ser totalmente revertida para apoiar os povos indígenas que participaram da experiência. O artista também pretende gravar um álbum para cada um deles, com canções tradicionais.

"É importante criar acesso à sabedoria da cultura indígena, e a música é um excelente canal. É importante corrigir erros históricos, possibilitar que novas gerações a valorizem."

Projeto anterior

O interesse de Alok pelos povos indígenas não é de hoje. Antes desse projeto, o DJ lançou em 2015 uma música composta por sons de rituais indígenas. Na época, ele chegou a ficar três dias na Aldeia Mutum, em Tarauacá, com os povos da etnia Yawanawá.

Foram seis pessoas da equipe do DJ para capturar a experiência em meio a floresta amazônica. De acordo com o artista na época, a ideia de visitar a aldeia surgiu de uma empresa que já havia feito um trabalho na tribo.

"E foi nesse encontro que tive a oportunidade de escutar algumas das músicas da tribo Yawanawá. Me encantei na hora e decidi conhecer a cultura da tribo sem imaginar que aquilo viria a se tornar a experiência mais incrível da minha vida", contou na época.

Ainda dessa experiência, o artista lançou, em 2016, o minidocumentário "Yawanawá - A força", publicado em plataformas digitais. A produção, de 21 minutos, mostra o encontro do artista com a etnia Yawanawá.

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