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Indígenas 'desaldeados' perdem barracos em incêndio

O Progresso - http://www.progresso.com.br
24 de Ago de 2013

Vários índios que morram as margens das rodovias tiveram seus barracos queimados durante o incêndio de quinta-feira. Muitas famílias não tiveram ao menos tempo de retirar as coisas que estavam dentro de suas casas. Barracos de lonas, sapé e madeira foram consumidos pelas chamas.

Vários indígenas ficaram desabrigados. Agentes do Ministério Público Federal (MPF) foram até os acampados as margens da BR-463, próximo ao trevo de Laguna Carapa. Os índios reclamaram ao agentes da falta de ajuda por parte da Fundação Nacional do Índio (Funai).

No local eles detectaram que várias casas de lona e sapé tinham sido destruídas. Em contato por telefone com o procurador federal do MPF, Marco Antônio, os agentes avisaram sobre a situação. Ele também foi informado que os indígenas reclamavam da ausência da Funai.

O agente disse que o procurador acreditava que a Funai já estava atendendo os indígenas no local. Ele disse ainda, que vai entrar em contato com o órgão para que providências sejam tomadas nestes locais.

Uma das famílias que perdeu tudo foi a de Roberto Lopes. O barraco onde ele morava com a esposa foi totalmente destruído. Ele disse que estava com a esposa catando milho no chão e em uma rocha no momento do incêndio.

"Não sobrou nada, somente a roupa do corpo. Cama, colchão, cobertas um restinho de comida, roupas algumas coisas que tínhamos em casa como panelas foi tudo queimado. Não sabemos o que vamos fazer, por conta de não termos condições de comprar nada", relata Roberto.

A mulher dele estava muito abalada. Enquanto a equipe do jornal O PROGRESSO estava no local ela chorava muito. Outra família que se encontra na mesma situação é de Roseana de Caseres. Ela teve dois barracos queimados. Um servia de cozinha e o outro de quarto onde ele dormia com mais sete filhos. Emocionada, a mãe pede roupas para os filhos, que tem idade entre 12 de dois anos.

Outra senhora que também teve problemas com os barracos foi Damiana Cavanha. Ela disse que as famílias daquela região sofrem com a falta de auxílio. "Vivemos sem ajuda nenhuma. Nesse acampamento [margens BR-463] há muitas crianças passando fome, frio e outras necessidades. Se chover vai molhar muitos barracos, por conta das lonas que a Funai fornece ser muito ruim", denunciou a senhora.

Para ajudar a família do senhor Roberto Lopes com roupas, cama, colchões, cobertores, lonas e comida as pessoas podem entrar em contato através do número (67) 9848-5897. Quem tiver roupas de crianças entre 12 e dois anos para doações podem entrar em contato através (67) 9918-4565. Neste último número as pessoas também podem estar entrando em contato para doar cobertores, roupas para crianças e lona. Os indígenas desaldeados que sofrem com o incêndio estão entre o trevo da Embrapa e de acesso a Laguna Carapa.

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