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Indígenas defendem atuação da Funai na saúde e educação

Agência Câmara-Brasília-DF
18 de Abr de 2005

Lideranças INDÍGENAS de mais de 30 etnias, inclusive guaranis, encontraram-se nesta segunda-feira com a relatora da comissão externa que analisa a mortalidade de crianças INDÍGENAS guarani-kaiowá no município de Dourados (MS), deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), e com o deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO).
Os líderes informaram que problemas com a saúde indígena existem em diversos estados. Para melhorar o quadro, eles defendem que a saúde e a educação INDÍGENAS voltem a ser de competência da Fundação Nacional do Índio (Funai), como acontecia até a década de 80. Segundo os índios, o órgão entende melhor a realidade das diversas etnias.

Relatório
O relatório preliminar da deputada vai ser apresentado nesta terça-feira (19) aos integrantes da Comissão. Perpétua Almeida vai sugerir que o Governo intensifique as ações na área. Na avaliação da relatora, a atuação da Funai e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) na região é, às vezes, precária. Daí, a necessidade, segundo ela, de equipes dos dois órgãos trabalharem juntas e de forma emergencial no local, até que o quadro de desnutrição entre os índios se torne menos grave.

Demarcação
Desde o início do ano, 21 crianças INDÍGENAS morreram ali em decorrência de uma alimentação deficiente. Perpétua Almeida, que visitou os índios em Dourados com outros parlamentares da Comissão Externa, destaca também a necessidade de ampliação das terras desses povos. "Isso é necessário. Não dá para deixar aquela comunidade vivendo naquele espaço de terra. Eles estão, de certa forma, confinados ali. São mais de 11 mil INDÍGENAS em um espaço pequeno de terra, onde eles não conseguem sequer os recursos necessários para a saúde, onde as pessoas que estão lá cuidando da saúde não estão treinadas suficientemente, não há médico o suficiente".
A Funai admite que a falta de espaço e o aumento populacional são os principais motivos da desnutrição entre as crianças em Dourados, já que, sem terra suficiente, os índios não conseguem plantar. Segundo a Fundação, das 22 áreas Guarani-Kaiowá demarcadas em Mato Grosso do Sul, 13 são questionadas na Justiça, o que impede a homologação da reserva.

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