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Indígenas de Alagoas fazem funcionário da Funasa de refém

Estado de S. Paulo-São Paulo-SP
Autor: (Ricardo Rodrigues)
22 de Fev de 2003

Índios da tribo Geripancó pedem o aumento da equipe do Saúde da Família

O funcionário da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) Jorge Mário da Silva está sendo mantido refém, desde de anteontem, por índios da tribo Geripancó, no município de Pariconha, a 311 quilômetros de Maceió. Segundo a coordenadora regional da Funasa em Alagoas, Rosa Castro, até o início da noite de ontem, ele não tinha sido libertado.

Representantes da Funasa, da delegacia da Fundação Nacional do Índio em Alagoas e do Ministério Público Federal foram até a aldeia, em Pariconha, intermediar a liberação do funcionário, mas os índios se mostram irredutíveis. Eles invadiram o posto do médico da Funasa, que fica dentro da aldeia, e trancaram o funcionário em uma das salas.

Segundo Rosa, os índios querem usar o carro da Funasa para fazer feira, pedem o aumento da equipe do Programa Saúde da Família e cobram uma solução para a adutora que abastece a aldeia, que fica em uma das regiões mais pobres do sertão de Alagoas.

Em um contato com Rosa, os líderes Geripancós exigiram também a construção de um posto de saúde para atender os 1,2 mil índios da aldeia, a liberação de medicamentos e cestas básicas para a tribo, o retorno da ambulância que foi retirada da aldeia e a agilização do processo de desapropriação da área da aldeia ocupada por agricultores de Pariconha.

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