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Indígenas buscam solução para problemas na área da saúde e educação

A Crítica (AM) - http://acritica.uol.com.br/
22 de Mai de 2012

Nesta terça-feira (22), os indígenas sateré-mawé estiveram na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE-AM), para pedir o apoio do deputado estadual Sidney Leite (DEM), que é de Maués

Uma comissão formada por dez lideranças indígenas da etnia sateré-mawé, que reside na região do Marau, em Maués (a 276 quilômetros da capital), está em Manaus, fazendo uma peregrinação por vários órgãos federais e estaduais, reivindicando a resolução de problemas crônicos que enfrentam, em especial na área da saúde e educação. Nesta terça-feira (22), os indígenas estiveram na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE-AM), para pedir o apoio do deputado estadual Sidney Leite (DEM), que é de Maués.

O parlamentar disse que vai entrar com uma ação no Ministério Público Federal (MPF), denunciando os problemas relatados na área da saúde. Afirmou, também, que vai reiterar o pedido de audiência com o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e com a nova presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marta Azevedo.

De acordo com Sidney Leite, que é membro da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Assuntos Indígenas da ALE-AM, o Governo Federal libera recursos financeiros para atender as demandas de mais de 120 mil índios no Amazonas, mas a ajuda não chega até a ponta. "No caso da saúde, os sateré-mawé - são cerca de 5 mil na região do Marau - padecem com a centralização das decisões em Parintins, Manaus e Brasília. Falta estrutura nas casas de saúde, nos escritórios da Funai e na educação dos jovens e crianças", afirma Sidney Leite.

Os índios, que integram a Organização das Lideranças Indígenas do Rio Marau, Miriti, Manjuru e Urupadi (Tumupe), estiveram na última terça-feira (15) na coordenadoria regional da Funai, em Manaus, para pedir material de expediente e aumento no quadro de funcionários do escritório de Maués, onde apenas dois servidores atendem os cerca de 5 mil indígenas do município. "Mais de dois mil índios estão sem o Registro de Nascimento Indígena (RANI), por falta de material, como o livro de registros", afirma Samuel Lopes, conselheiro da Funai em Maués. A Funai disponibilizou três livros de registros aos indígenas.

As lideranças visitaram, ainda, a Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind), na quarta-feira (16), onde reivindicaram melhorias para a Casa de Saúde Indígena de Maués (Casai-Maués), descentralização das decisões do Distrito de Saúde Indígena de Parintins (Disei-Parintins), que é responsável pela região, e transporte para a remoção de pacientes para o hospital de Maués. Eles também pleiteiam melhorias na educação, como o aumento no número de professores, material didático e transporte escolar.

"Queremos levar uma resposta positiva ao nosso povo que está lá nas comunidades e, com isso, contamos com o apoio do deputado Sidney Leite, para que ele entregue nossos pleitos em Brasília e que alguém possa olhar com atenção e carinho por nós", ressalta Inácio Cristino da Silva, 49.

De acordo com o deputado Sidney Leite, as populações indígenas do Estado estão abandonadas pelo poder público, principalmente, no que diz respeito à educação. "A falta de um sistema de educação indígena tem causado inúmeros prejuízos para as crianças das reservas", destaca.

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