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Indígenas acampam na sede da Funai em Amambai

Midiamax
Autor: Vilson Nascimento
16 de Mai de 2007

Lideranças de 25 mil índios das etnias guarani-kaiowá e guarani-ñhandeva acamparam nesta quarta-feira na sede da Delegacia Regional da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Amambai para aguardar uma comissão do órgão em Brasília (DF) que irá até a cidade negociar sobre a desativação ou não do escritório na região. A decisão de acampar no prédio foi tomada pelos caciques depois que o procurador da República Charles Stevan da Mota Pessoa informou que o presidente da Funai, Márcio Augusto Freitas de Meira, vai encaminhar uma comissão que terá à frente um dos assessores direto do órgão na capital federal.

Os caciques decidiram aguardar a vinda dessa comissão para decidir que caminhos tomarão caso a resposta para a reativação da administração regional, que é defendida por todas as lideranças da região, seja negativa. Os líderes indígenas vão buscar apoio de prefeitos, vereadores e representantes de classes de todos os municípios que possuem aldeias na área coberta pela Funai de Amambai para participarem da reunião e defenderem a permanência da delegacia regional.

Na manhã desta quarta-feira, uma comissão de caciques procurou a Câmara de Amambai para pedir apoio e as instalações para realizar a reunião com os representantes da Funai de Brasília. A equipa do órgão deve chegar a Amambai na próxima sexta-feira, dia 18, para discutir a desativação da administração regional que passou a ser núcleo subordinado à recém-criada Administração do Conesul, que vai funcionar na cidade de Dourados.

Vilson Nascimento

O presidente da Funai relata que a desativação da Administração Regional da Funai em Amambai e a criação da Administração do Conesul faz parte de um projeto de reestruturação do órgão em âmbito nacional, visando tornar mais eficiente o atendimento aos povos indígenas, diminuindo gastos burocráticos e ampliando recursos destinados diretamente às aldeias. "Será garantida toda a assistência necessária aos povos indígenas por intermédia de uma ação integrada de governo para todas as aldeias da região", disse Márcio Meira no documento encaminhado ao MPF.

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