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Índia grávida foi agredida a socos e pontapés

Correio do Estado-Campo Grande -MS
16 de Mar de 2003

Geisebel Veron, outra filha do cacique, grávida de sete meses, foi agredida a socos e pontapés e jogada ao chão. Pelo relatório, ela foi abandonada nas margens de uma estrada, completamente nua. Ela, o pai e o irmão foram amarrados na carroceria da caminhonete e seguiram com em direção ao Rio Dourado. Só que, como o dia já estava amanhecendo, eles decidiram parar, jogando Marcos Veron, de 73 anos de idade, ao chão e iniciando a série de espancamento. Além dos chutes, o líder guarani teria sido por diversas vezes atingido por coronhadas de uma arma de cano longo (possivelmente espingarda), na cabeça.

Morte
Como ficaram abandonados e totalmente machucados, já que os agressores retornaram para a fazenda, os índios conseguiram uma carona e em seguida encontraram a caminhonete da comunidade que tentava voltar para o acampamento. Veron, em estado mais greve, foi levado ao Hospital Evangélico e acabou morrendo horas depois. No laudo de exame cadavérico consta que a morte foi causada por lesões cranioencefálica, resultantes de traumatismo. Além disso, ele apresentava várias outras lesões por todo o corpo. As demais vítimas também passaram por exames médicos e os laudos comprovaram diversos ferimentos.
Na denúncia, os acusados diretos pela morte do cacique são Nivaldo Alves de Oliveira, o administrador da fazenda, que está foragido, e ainda Carlos Roberto dos Santos. Pelo relatório da Polícia Federal, enquanto Carlos segurava a vítima mantendo os joelhos sobre suas costas, Nivaldo desferia uma série de golpes, com a coronha da arma, contra cabeça de Veron. O MPF, com base nas declarações das testemunhas, atribuiu os crimes citados de forma diferenciada para cada acusado. Entretanto, Nivaldo de Oliveira seria um dos que teriam maior envolvimento.

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