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Índia aguarda voo para retornar a Santa Izabel

A CRITÍCA - AM - http://www.linearclipping.com.br/FUNAI/detalhe_noticia.asp?cd_sistema=45&codnot=727796
12 de Mai de 2009

Internada no Hospital Dr. Fajardo desde 22 de março, a menina indígena da etnia ianomâmi pode ser transferida esta semana para Santa Izabel do Rio Negro (a 628 quilômetros de Manaus). A informação é da assessora de imprensa da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) no Amazonas.

Depois de ter a transferência autorizada pela Justiça do Estado na última sexta-feira, 8, a criança aguarda agora o primeiro voo comercial para Santa Izabel ainda esta semana. Segundo a diretora do Hospital Dr. Fajardo, Tânia Azevedo, o quadro clínico da garota permite a transferência para o hospital daquele município. "A menina está bem. Está no hospital só aguardando a viagem", disse.

Segundo a assessoria da Funasa, um enfermeiro acompanhará a ianomâmi até a unidade hospitalar de Santa Izabel. Lá, L.I.S. continuará o tratamento de tuberculose, doença diagnosticada em Manaus. A criança veio para a capital para um tratamento inicial de hidrocefalia. Após exames, um laudo apontou que ela sofre, na verdade, de hidroanencefalia.

O caso da menina indígena tornou-se polêmica desde que seus familiares tentaram levá-la de volta à aldeia. A Associação Serviço e Cooperação com o Povo Yanomâmi (Secoya), ONG que atua no sistema de saúde daquela etnia, Conselho Tutelar e médicos travaram forte debate nos últimos dias sobre o retorno ou não da menina para região onde nasceu. O Ministério Público Federal teve que entrar no caso.

Na ocasião, a retirada de L.I.S. do hospital foi interpretado pelo Conselho Tutelar como tentativa de sacrificar a criança, medida descartada por parentes à epoca. Na edição de A CRÍTICA de 5 de maio, Sílvio Cavuscens, da Secoya, declarou que a mãe da garota prefere que ela retorne à aldeia e não ao hospital.

A criança, que sofre de tuberculose, pneumonia, hidroanencefalia e desnutrição, virou o pivô de um impasse quando uma carta enviada pela FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO (FUNAI) e assinada por outras instituições pedindo que ela fosse liberada mesmo sem alta médica. O pedido, negado pela direção do hospital, foi baseado numa decisão tomada em assembleia na comunidade da criança, em Santa Isabel do Rio Negro.

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