Incra tenta agilizar a extração de madeira

A superintendente do Incra, Maria Santana Tavares da Silva, reúne-se de amanhã a sábado com a Cooperativa Mista de Novo Progresso e representantes dos produtores rurais e madeireiros do município, para discutir a demarcação e titulação de terras. O objetivo é agilizar o processo de legalização da extração de madeira, viabilizando o manejo florestal. Durante a visita, técnicos do Incra vão proferir palestras para expor a metodologia de trabalho do instituto aos produtores.A reunião é resultado das resoluções tomadas em uma audiência no mês passado, em Brasília, entre representantes do Incra, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Fundação Nacional do Índio (Funai), madeireiros, o prefeito de Novo Progresso, Juscelino Rodrigues (PSDB), o presidente da Câmara de Vereadores do município, Joares Siviero, e o presidente do Sindicato dos Madeireiros, Edgar Branche.Existem na região, 38 mil quilômetros quadrados de terras que precisam ser demarcadas e tituladas pelo Incra para que os 100 madeireiros da região possam explorar legalmente a madeira. Por enquanto, explicou o presidente da Cooperativa Mista de Novo Progresso, Agamenon Menezes, os produtores continuam agindo ilegalmente, sem as licenças exigidas pelo Ibama. Para extrair madeira, o Ibama exige dois documentos dos madeireiros: o certificado de posse da terra expedido pelo Incra e uma certidão da Funai declarando que a área não é reserva indígena, disse, completando que o Incra também vai tratar dos assentamentos em Novo Progresso, município localizado no sudoeste do Pará, na divisa com o Estado do Mato Grosso. A falta das certidões também inviabiliza o acesso às linhas de crédito disponíveis aos produtores rurais.Com a facilitação para projetos de manejo e desmate, a produção madeireira será melhor. A Funai aceitou a proposta de emitir certidões únicas para anexar aos processos de desmate, já que não temos reserva indígena no município. Mas ainda não sabemos quando isso deve acontecer, assinalou Agamenon.Na região de Novo Progresso a produção chega a 230 mil metros cúbicos de madeira por mês. O número de produtores rurais é 4.019, sendo que a pecuária conta com 210 mil cabeças de gado.