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Incêndios ameaçam áreas de conservação e aldeia

Campo Grande News-Campo Grande-MS
22 de Ago de 2005

O tempo seco e as queimadas colocou em alerta vermelho bombeiros e autoridades ambientais. Duas áreas onde há ocorrência grave de fogo são de conservação
permanente, regiões ricas em recursos naturais e protegidas pela União. Em Caarapó, casas em uma reserva indígena também foram destruídas.

A situação é crítica no Parque Nacional da Ilha Grande, na divisa do Mato Grosso do Sul com o Paraná, onde o fogo já devastou pelo menos mil hectares
de uma pastagem alagável típica de cerrado já foram devastados desde o meio-dia de ontem.

Homens do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e bombeiros de MS e do Paraná trabalham para tentar
conter as chamas na ilha Bandeirantes, que fica no rio Paraná, entre os municípios de Naviraí e Icaraíma.

"Ainda não temos uma causa determinada sobre o incêndio, mas acreditamos que ele tenha sido provocado pelo homem, pois não houve nenhum raio. Como
o tempo está muito seco e há vento, o fogo se alastra rapidamente", informou o analista ambiental do parque nacional, Paulo Roberto Machado.

O incêndio está fora de controle. Os bombeiros tentaram conter o fogo na altura de uma estrada que corta a ilha, mas as labaredas atravessaram
e continuaram espalhando as chamas na área.

É o segundo incêndio no parque nacional esta semana. No sábado, um incêndio destruiu pelo menos 100 hectares dos 500 de mata da ilha Ivaí, que fica ao lado da ilha
Bandeirantes. Na Ivaí, o fogo foi controlado em quatro horas.

O Parque Nacional da Ilha Grande foi criado para proteger o ecossistema de matas e cerrado em 186 ilhas do rio Paraná, entre os dois estados. Ao
todo, tem uma área de 78 mil hectares.

Aldeia Tey Cue - Em Caarapó, a 273 quilômetros ao sul de Campo Grande, vários focos de incêndio atingem a aldeia guarani Tey Cue. Casas foram destruídas
pelo fogo, que começou a se alastrar na madrugada e mobilizou durante todo o dia pelo menos 100 pessoas - entre bombeiros, a comunidade e servidores municipais voluntários.
A causa do incêndio ainda não foi determinada.

A prefeitura colocou um caminhão pipa e funcionários para combater focos e bombeiros de Dourados também ajudam a combater o fogo que, até às 17h30
ainda não havia sido controlado. A Tey Cue tem 3594 hectares onde vivem cerca de 3,5 mil pessoas.

Várzeas do Ivinhema - Imagens de satélite do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) apontaram a existência de focos de calor -pontos
com temperatura extremamente elevada, que podem significar incêndio - no Parque Estadual das Várzeas do Ivinhema. O parque é uma reserva ambiental de 73,3 mil hectares
entre os municípios de Naviraí, Taquarussu e Jateí, implantada em 1999 para conservar um ecossistema de transição entre o cerrado e matas tropicais.

As imagens do Inpe deixaram o corpo de bombeiros de Naviraí de prontidão, mas a administração do parque ainda não havia confirmado se as imagens
se referiam de fato a focos de incêndio. O gerente de biodiversidade da Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente), Harald Brito, informou que ainda não havia
uma confirmação sobre se tratar ou não de incêndio.

Em agosto de 2002, um incêndio atingiu 22 mil hectares do parque.

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