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Incendio criminoso atinge Serra do Japi

OESP, Geral, p.A12
24 de Ago de 2004

Incêndio criminoso atinge Serra do Japi
Fogo já consumiu área equivalente a 20 campos de futebol e matou animais
Ivan Marcos Machado
Especial para o Estado
JUNDIAÍ - Bombeiros, guardas municipais, soldados da Polícia Ambiental e também funcionários da Prefeitura de Jundiaí trabalham desde anteontem à noite no combate a um incêndio criminoso na reserva estadual da Serra do Japi. O fogo começou perto da Rodovia dos Bandeirantes, em uma área de pastagens no bairro da Malota, e se espalhou até a mata nativa.
A estimativa da equipe de combate ao fogo é de destruição de uma área equivalente a 20 campos de futebol. O guarda municipal Paulo Vicente Soares, responsável pelo destacamento da Guarda Florestal, disse acreditar em incêndio criminoso, porque o fogo teve início a partir das pastagens da Fazenda Recreio, próximo à Estrada da Base Ecológica. Pelo menos 60 homens, inclusive de empresas privadas, participaram do combate ao fogo.
Na manhã de ontem, porém, devido à estiagem e aos fortes ventos, as chamas se espalharam. A fuligem chegou até ao centro da cidade, e a fumaça podia ser vista a quilômetros de distância. "O fogo se tornou incontrolável", disse Soares.
Havia risco de o fogo atingir as torres de transmissão de energia. No final da tarde, novamente a equipe conseguiu controlar as chamas por meio de aceiros com enxadas, e o risco de atingir as torres foi afastado. A maior dificuldade era a falta de equipamentos.
Segundo Soares, o fogo vem queimando por baixo das folhas em decomposição.
Isso acaba contribuindo para o retorno do incêndio, a qualquer momento. Na manhã de hoje, os bombeiros e guardas municipais retornam para a região da Serra do Japi.
Animais - A cena mais triste para quem trabalhou na Serra do Japi nesses dois dias foram as mortes dos animais. Algumas pessoas chegaram a ver macacos sendo consumidos pelo fogo, sem ter como salvá-los. Mas alguns guardas conseguiram salvar cobras e outros animais, que foram levados para a Associação Mata Ciliar.

OESP, 24/08/2004, p. A12

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