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Ilhabela volta a discutir taxa de visita

OESP, Cidades:Metropole, p.C5
16 de Fev de 2005

Ilhabela volta a discutir taxa de visita
Com o argumento de preservar as riquezas naturais, prefeito quer reduzir número de turistas que passam apenas um dia no local

ILHABELA - A criação de uma taxa de preservação ambiental voltou a ser discutida ontem na prefeitura municipal de Ilhabela, no litoral norte. O prefeito Manoel Marcos de Jesus Ferreira (PTB) se reuniu com comerciantes, donos de hotéis e representantes da Polícia Civil para analisar a proposta de cobrar um valor dos visitantes da ilha. O objetivo da medida, de autoria do vereador Luiz Lobo (PL), é limitar o acesso de pessoas à cidade para preservar praias e pontos turísticos.
O encontro durou cerca de três horas. Na mesma reunião foi divulgado o balanço da temporada de verão. Da segunda quinzena de dezembro até o fim do carnaval, Ilhabela recebeu 500 mil turistas que injetaram no comércio R$ 40,5 milhões. Os dados são da Secretaria Municipal de Turismo que realizou pesquisas neste período em parceria com a Associação Comercial local.

De acordo com o levantamento, o período que mais surpreendeu foi durante o carnaval, quando a cidade recebeu cerca de 115 mil visitantes que deixaram mais de R$11,5 milhões no comércio.

A chegada dos navios de cruzeiro a Ilhabela colaborou bastante com esses números. Até o final de março serão 29 transatlânticos. "Ainda faltam sete paradas que devem trazer para o comércio quase nove mil turistas", afirmou o secretário de Turismo do município, Ricardo Fazzini. Ele ressaltou que ainda faltam soluções no trânsito, maior segurança ao turista, melhor atendimento ao estrangeiro e informações nas balsas.

Segundo o prefeito, o número de pessoas que visitaram a ilha é muito maior se também forem considerados os "turistas de um dia". "Não comportamos esse número, o turismo tem que ser desenvolvido de maneira controlada, tanto para manter a qualidade do atendimento, como para preservar nossa cidade", ressaltou Marcos. Há intenção também de implantar um sistema de monitoramento do turista, que terá de informar o motivo da visita, o tempo da estada e o local da hospedagem. Ferreira e o secretário de Turismo devem viajar para Fernando de Noronha na semana que vem para conhecer de perto o sistema de cobrança de visitação ao arquipélago. O projeto ainda não tem data para ser votado.

OESP, 16/02/2005, Cidades/Metrópole, p.C5

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