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Ilha do Bororé sofre com filas nas balsas e violência urbana

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Autor: Marcos Camargo
03 de Set de 2014

Os moradores da Ilha do Bororé, a 25Km da capital paulista, sofrem com problemas no transporte feito por uma balsa e com a violência urbana, que cresceu a níveis alarmantes nos últimos anos, segundo a Associação de Moradores da Ilha do Bororé.

Desde o início do ano, a balsa operada pela Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) que fazia o transporte dos moradores entre o bairro de Parelheiros e a Ilha cruzando a represa Billings teve a operação interrompida há cerca de um ano. No lugar da antiga balsa com capacidade para 15 veículos, entrou em operação uma embarcação menor, para 10 veículos ou um ônibus.

"Esse é um dos problemas da ilha que tem 50 mil habitantes e essa questão da balsa gera filas a qualquer hora do dia, um prejuízo para o desenvolvimento local", diz André Firmino da Silva, presidente da Associação de Moradores da Ilha do Bororé.

Segundo Firmino, a Emae garantiu no início de 2014 que uma nova balsa estaria funcionando em março, prazo prorrogado para julho, que também não foi cumprido. "Tentamos um diálogo com a subprefeitura e com o governo do Estado para tentar agilizar essa demanda que prejudica o deslocamento de um bairro inteiro, que tem população semelhante a um município de pequeno porte", explica Diogo Soares, do Movimento Construindo Mudanças, que também atua na zona sul.

Drogas e insegurança

Considerada uma Área de Proteção Ambiental (APA), a Ilha do Bororé também sofre com o aumento da violência urbana e consumo de drogas. Sem policiamento ostensivo, a Ilha conta apenas com a presença da Guarda Civil Metropolitana, que terá até o final do ano uma base construída ao lado do terminal de passageiros junto à balsa. Como área ambiental, a região também deveria receber o patrulhamento da Polícia Ambiental.

"O aumento da violência fica fora das estatísticas mas os moradores reclamam do problema há muito tempo e a cada ocorrência a polícia é chamada e precisa cruzar a balsa até chegar à Ilha, uma realidade que precisamos mudar bem como a falta de um Corpo de Bombeiros no local", complementa Soares.

A Área de Proteção Ambiental Ilha do Bororé-Colônia foi fundada em 1929 por colonizadores alemães e abriga dezenas de nascentes que abastecem com água 30% da população paulistana e remanescentes da Mata Atlântica. Com cerca de 50 mil habitantes, foi declarada como área de proteção ambiental pela Lei no 14.162, de 24 de maio de 2006 para promover a proteção da diversidade biológica, dos recursos hídricos e do patrimônio histórico da região, conciliando estes objetivos com a melhoria da qualidade de vida das populações que ali residem.

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