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Autor: José Roberto Lima
01 de Mar de 2010
Em reunião na sede do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em Brasília, representantes do ICMBio e do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) fecharam acordo para a criação de novas unidades de conservação (UCs) no Estado. A parceria entre os governos federal e estadual busca formar um mosaico de UCs na região do Jalapão, preservando as nascentes do rio Parnaíba, além do Vale das Palmeiras, Serra de Arraias e Aurora/Tocantins, essa última, região de cavernas.
Os representantes do Instituto Chico Mendes apresentaram propostas de criação de unidades em Arraias (estudos iniciais), Aurora /Tocantins (contratando consultoria), Natividade (Vale do Rio Palmeiras), Traíras (abrangendo uma parte de Goiás. Está em estudos iniciais) e Lizarda (até o polígono de Campos. Esta área já tem estudos disponibilizados pela ONG internacional The Nature Conservation (TNC).
Antônio Santiago, diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Naturatins, revelou que o Governo do Estado tem interesse em duas que serão revertidas em parques estaduais: o Parque Estadual de Serra da Cangalha, com 57 mil hectares, atualmente em processo de consulta pública; e o Parque Estadual Interflúvio, com área aproximada de 300 mil hectares abrangendo os rios Tocantins e Paranã. Esta área está em processo de levantamento da situação fundiária e de formação de equipe para dar início às audiências públicas.
Para Roberto Zanin do Núcleo de criação de Unidades de Conservação do ICMBio, a parceria com o Tocantins dá início a uma nova fase no processo de criação de UCs. Segundo ele, a parceria com o governo estadual vai evitar conflitos , desperdícios e duplicação de esforços, uma vez que o estado já tem a maioria dos levantamentos das áreas de interesse do governo para a criação de unidade de conservação federais.
O Estado do Tocantins tem, hoje, 1,9% de seu território protegido por unidades de conservação de proteção integral, entre áreas federais e estaduais. "Queremos chegar a 10 por cento de proteção integral", afirma Antônio Santiago, do Naturatins.
Para se alcançar esse objetivo, a solução foi firmar parcerias com o Governo Federal. "O grande problema, hoje, na criação de uma unidade de conservação, é a gestão de conflitos com os estados e municípios", relata Roberto Zanin.
Participaram da reunião, além de Antônio Santiago e Roberto Zanin, Adriana Bayna, do Núcleo de Cerrado da Secretaria de Biodiversidade e Floresta/MMA; Iolita Bampi, da Coordenação de Criação de UCs do ICMBio; Alan Crema, da Coordenadoria de Mosaicos do ICMBio, Juliana Fukuda, coordenadora substituta de Criação de UCs do ICMBio; Gustavo Oliveira, da Destinação e Cadastros de Florestas Públicas do Serviço Florestal; Maria Carolina Camargos, da Coordenação de Criação de UCs no ICMBio; e Fernando Lima, da Diretoria de Área Protegidas do Naturatins.
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