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Autor: Sandra Tavares
21 de Jun de 2012
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) promove, de 23 de junho a 7 de julho, no Parque Nacional das Emas, o terceiro curso de Formação de Instrutores de Brigada de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais. A turma estará qualificada para ministrar os cursos de formação de brigadistas oferecidos nas unidades de conservação, além de atuarem no combate a incêndios em um nível mais estratégico, e ficarem responsáveis pela interlocução e contato com profissionais especializados no tema fogo.
A escolha pelo Parque Nacional das Emas, e não a Academia Nacional da Biodiversidade (Acadebio) para a realização do curso, deu-se exatamente para que os alunos vivenciem a experiência de campo. "Queremos avançar nesta terceira turma capacitando os 40 alunos para o manejo do fogo, em detrimento de práticas apenas de queima controlada. Queremos caminhar para uma capacitação mais ampla, em que os alunos dominem os aceiros e tracem alternativas de manejo do fogo eficazes", destaca Christian Berlinck, coordenador de Emergências Ambientais do ICMBio.
Esta terceira edição do curso seguirá a metodologia do Sistema de Comando de Incidentes (SCI), utilizado amplamente em grandes episódios de emergências. "Nessa metodologia tem-se uma linha única de comando e de organização do efetivo humano e de equipamentos", destaca Berlinck.
A turma de 40 alunos ficará acampada por 14 dias, divididos em esquadrões. Cada esquadrão terá um chefe que, em casos de necessidade, se reportará sempre ao chefe da brigada. Este, por sua vez pode se comunicar com as Coordenações Gerais - relacionadas por assuntos como Saúde, Logística, Pedagogia/Comunicação, Administração/Lazer, Aulas Práticas e Infraestrutura.
O modelo SCI prevê um mínimo de cinco até o máximo de sete pessoas sob um comando, simulando a realidade de 6 brigadas e o chefe de esquadrão. "Com isso evita-se prolemas de má comunicação e, o mais importante, garante-se a segurança dos grupos, tendo em vista que numa realidade de incêndios de grandes proporções vidas podem estar em jogo sem um comando efetivo", destaca o coordenador.
A turma é formada por alunos selecionados do ICMBio, Ibama, Corpo de Bombeiros de Goiás e Rondônia, Governo do Estado de Goiás, Funai e fazendas do entorno do Parque Nacional das Emas. A seleção, feita a partir de chamada para inscrições, levou em conta as unidades de conservação que historicamente sofrem com incêndios, a experiência dos candidatos, além da apresentação de resumo sobre o tema 'incêndios florestais', além de banner com propostas de como combater bem incêndios.
Segundo Christian Berlinck, a ideia é fazer com que os alunos compartilhem suas experiências e busquem soluções integradas de combate aos incêndios florestais. Além disso, o Parque Nacional das Emas é uma das unidades mais antigas com histórico de elaboração de aceiros, com um Plano de Manejo consolidado e previsão de um Plano de Manejo do Fogo (PMF). Berlinck destaca que o ICMBio busca formalizar Termos de Reciprocidade com as Unidades da Federação e o Distrito Federal, para ações de combate aos incêndios florestais de forma integrada. "Queremos construir uma doutrina única entre as instituições e somar esforços para uma ação conjunta de combate", reforça o coordenador.
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