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IBGE aponta que produção de carvão vegetal recuou 19%

FSP, Mercado, p. B11
25 de Nov de 2010

IBGE aponta que produção de carvão vegetal recuou 19%
Demanda mais fraca e acordos de proteção explicam queda na fabricação do insumo

Pedro Soares
Do Rio

Após anos e anos de desmatamento ilegal para produção de carvão, os acordos firmados entre o Ministério Público e as siderúrgicas começam a dar resultados.
A fabricação do produto caiu 19% de 2008 para 2009, de acordo com a pesquisa da Extração Vegetal e da Silvicultura do IBGE.
Segundo Luís Celso Guimarães, gerente do IBGE, a redução se concentrou em Minas Gerais e no Maranhão, em decorrência da menor procura das usinas pelo produto, insumo para a produção de ferro-gusa e aço.
Já no Pará, onde há um grande polo de siderurgia, não houve recuo na produção de carvão.
O carvão de origem de mata nativa teve uma queda mais expressiva: 26,2% de 2008 para 2009. Já o com origem em florestas plantadas inverteu a tendência de alta desde 2002 e caiu 15%.
"É uma notícia muito boa e, sem dúvida, reflete a mudança de paradigma da siderurgia, maior consumidora de carvão", diz Guimarães.
A produção de madeira, por sua vez, avançou mais entre 2008 e 2009 graças à atividade extrativista do que o cultivo em florestas plantadas. Enquanto a produção florestal subiu 5,6% no período, a oriunda do extrativismo cresceu mais: 7,9%.

PECUÁRIA
O IBGE pesquisou ainda a produção pecuária.
Segundo o instituto de pesquisa, de 2008 para 2009, os rebanhos de suínos e aves (galos, galinhas e frangos) no país cresceram num ritmo maior do que o de bovinos.
Nos dois primeiros casos, a expansão foi de 3,3% e 2,7%, respectivamente. Já o efetivo de bois e vacas subiu apenas 1,5%, totalizando 205,3 milhões de cabeças -contingente superior à população brasileira.
Já os suínos somavam 38 milhões -21% concentrados em Santa Catarina. Os frangos e galinhas chegaram a um efetivo de 1,2 bilhão, número pouco menor do que a população da China.
Os rebanhos de aves estavam mais presentes em Paraná (21% do total) e em São Paulo (19%).

FSP, 25/11/2010, Mercado, p. B11

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me2511201029.htm

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