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Ibama vai recuperar regiões degradadas por mineradoras

O Liberal-Belém-PA
23 de Out de 2002

Áreas degradadas no Pará e em outros Estados da Amazônia por empresas de mineração serão recuperadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que começa na segunda-feira, 28, um curso para técnicos de companhias mineradoras. O evento será realizado em parceria com o Departamento Nacional da Produção Mineral, Companhia Vale do Rio Doce e Mineração Rio do Norte. O curso é destinado a técnicos do Ibama envolvidos com o processo de licenciamento das atividades de mineração no interior de florestas nacionais, chefes de florestas nacionais, participantes de empresas que atuam com atividade mineradora no interior dessas florestas, como a Vale do Rio Doce e a Rio do Norte, além de técnicos do DNPM.
De acordo com o engenheiro florestal Jaime Tadeu França, chefe do Núcleo de Áreas Degradadas e da Diretoria de Florestas do Ibama, o curso visa a capacitar os técnicos para acompanhar os processos de recuperação de áreas degradadas pela atividade mineradora. "Isso vai permitir um melhor controle, por parte do Ibama, das áreas degradadas pela atividade de mineração e que futuramente serão reintegradas às unidades de conservação, conforme previsto na legislação ambiental", afirmou França.
Palestras - Segundo o engenheiro florestal, as florestas nacionais são as únicas unidades de conservação federais que permitem a exploração mineral do subsolo. Jaime França informou que atualmente as Flonas com atividade de mineração no País são a de Ipanema (SP), onde é explorado o calcário; a de Jamari (RO), de onde é retirada cassiterita; a Saracá-Taquera (PA), que possui bauxita; e as de Carajás, Tapirapé-Aquiri, todas no Pará, onde são explorados ferro, manganês, ouro e cobre.
O curso acontece durante toda a próxima semana, quando serão ministradas aulas e palestras com os seguintes temas: introdução à mineração e meio ambiente; formação de solos e estudos de casos; substratos sulfetados e depósito de rejeitos; legislação ambiental; política nacional do meio ambiente; licenciamento ambiental; avaliação de impactos ambientais; licenciamento e unidades de conservação; legislação mineral e plano de aproveitamento econômico e planejamento de lavra. Na semana seguinte serão tratados os temas: condicionamento de substrato para revegetação; seleção de espécies para revegetação; plantio; viveiros e produção de mudas; ecologia de regeneração vegetal; ecologia de campo; fauna e estudo do caso urucu; revegetação e sementes.

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