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Ibama vai à Justiça para tirar índios de parque no Paraná

Estado de S. Paulo-São Paulo-SP
04 de Out de 2005

Ao completar um mês da invasão por um grupo de 55 índios avá-guarani no Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, a Procuradoria do Ibama - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ajuizou na segunda-feira (3) mandado liminar na Justiça Federal, pedindo reintegração de posse. Os índios dizem que só deixam o local se lhes for dada uma área definitiva.

Moradores da reserva Santa Rosa do Ocoí, em São Miguel do Iguaçu, os índios, liderados pelo cacique Simão Tupã Vilialva, reclamam que perderam parte da terra que lhes pertencia para a formação do lago de Itaipu. Com o crescimento populacional da tribo, que teria hoje mais de 600 pessoas, os 231 hectares teriam ficado pequenos para o plantio da cultura de subsistência: milho, mandioca, arroz e feijão.

A invasão teria apenas o objetivo de chamar a atenção. Mas, de acordo com a assessoria de imprensa do parque, os biólogos teriam observado "certo grau de destruição" da área que é considerada patrimônio da humanidade.

Para montar o acampamento foram cortadas algumas árvores, enquanto compactou-se o solo próximo a um córrego, que vem sendo utilizado pelos índios. Mulheres e crianças são a maioria das pessoas que permanecem dentro do parque.

O pedido da procuradoria deve ser apreciado pelo juiz da 2.ª Vara Federal de Foz do Iguaçu, Rony Ferreira. Caso seja deferido, o Ibama pede auxílio de forças policiais para o cumprimento da ordem de Reintegração.

O instituto também está solicitando que a Funai - Fundação Nacional do Índio ajude e adote medidas para evitar nova invasão. A expectativa era de que uma reunião entre a direção nacional dos dois órgãos pudesse acertar a compra de uma propriedade de 750 hectares, em Matelândia, na mesma região da reserva atual, para onde eles poderiam ser levados. (Evandro Fadel

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