O Rio Branco-Rio Branco-AC
15 de Out de 2003
Somente com um trabalho integrado de todos os órgãos federais, com atuação nos aeroportos do Brasil e empresas aéreas é possível fechar o cerco aos chamados biopiratas. Esta é a opinião dos técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que promoveram ontem um treinamento envolvendo representantes da Polícia Federal (PF), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ministério da Agricultura, Infraero e Receita Federal com objetivo de unificar procedimentos e melhorar o combate à biopirataria na Amazônia.
O treinamento faz parte do Programa de Implantação da Vigilância Aeroportuária do Ibama. Manaus foi escolhida como a primeira cidade do País a ter sua população aeroportuária, como são chamadas as diversas pessoas envolvidas na operação dos aeroportos, devido a importância estratégica da região amazônica. "Nós não medimos esforços para treinar o nosso pessoal e os nossos parceiros na atividade de fiscalização por entender que a Amazônia sofre uma grande pressão dos biopiratas e o Ibama precisa procurar cada vez mais aprimorar sua atuação e melhorar suas parcerias", disse o gerente executivo do Ibama no Amazonas, Henrique dos Santos Pereira.
Participaram do treinamento cerca de 25 pessoas ligadas ao Ibama, do Amazonas e de Roraima, da PF, da Anvisa, da Infraero e Receita Federal. Pela manhã, foram realizadas as atividades no auditório da Infraero, localizado no aeroporto Internacional Eduardo Gomes, e, à tarde, os participantes puderam acompanhar ações práticas de fiscalização no embarque de passageiros e uma vistoria no Terminal de Cargas (TECA). "A idéia deste treinamento é conscientizar a população aeroportuária da importância da participação dela como parceira do Ibama e dar a ela informações suficientes para identificar um provável ilícito ambiental no aeroporto, como a biopirataria", explicou o instrutor da Coordenação Geral de Fiscalização do Ibama (Cgfis), Nelson Ananias.
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