GM, Energia, p.C4
31 de Mai de 2005
Ibama recebe estudos sobre usinas no Madeira
Técnicos de Furnas Centrais Elétricas e da Construtora Norberto Odebrecht, entregaram ontem ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis (Ibama) estudos de impactos ambientais referentes à construção das usinas Santo Antônio e Jirau, localizadas, respectivamente, a dez e 110 quilômetros de Porto Velho, no estado de Rondônia.
As duas usinas serão construídas no rio Madeira e terão capacidade de gerar mais de seis mil megawatts, o que representa 8% de toda energia elétrica do Brasil. A expectativa é que a construção comece no segundo semestre de 2006 e dure dez anos. O custo está previsto em US$ 17 bilhões.
De acordo com a superintendente de Gestão Ambiental de Furnas, Norma Villela, o estudo foi feito em parceria com algumas entidades do estado de Rondônia. "Foram contratadas empresas com conhecimento da região amazônica e ambiental como a Universidade Federal de Rondônia, Instituto Nacional e Pesquisas da Amazônia, para fazer todo um trabalho de comunicação com essas populações tradicionais".
Segundo o superintendente de Empreendimentos de Geração de Furnas, Márcio Antônio Porto, a construção das usinas de Santo Antônio e Jirau, além da questão energética, deve ser vista como uma forma de integração regional, desenvolvimento sustentável e respeito ao meio ambiente.
Duas mil famílias
Cerca de duas mil famílias deverão ser atingidas pela construção das duas hidrelétricas, de acordo com estimativa é do Movimentos dos Atingidos por Barragens (MAB). "A calha do rio Madeira toda é povoada por ribeirinhos, que vivem da pesca e da agricultura familiar", afirmou Pedro da Silva Damasceno, militante do MAB e morador da comunidade Vila da Cachoeira do Teotônio. Nessa comunidade, vivem 65 famílias, cujas casas serão cobertas pelo lago da barragem do Santo Antônio. Eles serão indenizados e deslocadas para uma área mais longe do rio.
GM, 31/05/2005, p. C4
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