VOLTAR

Ibama quer intensificar ações contra a biopirataria

Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR
05 de Jun de 2005

Como parte da programação oficial da Semana do Meio Ambiente, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) encerrou ontem, no auditório do Sebrae, o seminário que fala sobre o "Acesso ao Patrimônio Genético e ao Conhecimento Tradicional Associado", envolvendo o meio técnico científico local para evitar a biopirataria e catalogar as espécies da flora e fauna do Estado de Roraima.
A analista ambiental do Ibama, Silvia Torres Gilardi, explicou que no seminário foram discutidas as leis da nova legislação do patrimônio genético e também do conhecimento tradicional associado. O seminário também permitiu para esclarecer a comunidade científica de como adquirir as autorizações para realizarem as pesquisas.
"Os pesquisadores de instituições de pesquisas, como o Instituto de Pesquisa da Amazônia (Inpa) e Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa), que estão envolvidas nessa área, devem conhecer melhor essa legislação, assim como a Universidade Federal de Roraima, que faz esse trabalho. Durante o seminário recebemos mais de 140 pessoas que participaram e assistiram às palestras", disse.
A Medida Provisória no 2.186/2001, que fala exclusivamente sobre o patrimônio genético e do conhecimento tradicional associado, foi abordada. "Também tiramos muitas dúvidas de outras legislações que falam de coleta de material biológico da flora e fauna da região de Roraima", explicou.
Silvia explicou que o Ibama pretende intensificar ações para evitar a biopirataria em Roraima e convidou parceiros como o Ministério Público Estadual e Polícia Federal para discutir a importância do conhecimento do patrimônio genético que está ligado à biopirataria e aos conhecimentos tradicionais.
"Muitos pesquisadores vêm e recolhem muitas informações e também as informações, com ajuda da população, do patrimônio genético. Aqui em Roraima a população tradicional mais forte é a dos índios, que usam produtos de plantas, subproduto de animais, como medicamentos, como outros e corantes. São vários produtos que hoje a grande indústria está de olho, principalmente as internacionais", reforçou.
A analista do Ibama ressaltou a importância da ampliação do conhecimento do patrimônio genético. O seminário foi o primeiro passo para esclarecer as comunidades científicas em manterem o conhecimento genético no Brasil. "O evento também visou esclarecer aos pesquisadores de como fazer as pesquisas de forma correta e legal, pedindo as autorizações para realizarem esse tipo de pesquisa. Eles também serão nossos parceiros no sentido de evitar esses pesquisadores de ma fé que fazem aqui a biopirataria", frisou.
Ela lembrou que as ações de intensificações de fiscalização irão aumentar para evitar a biopirataria. Um dos pontos será conhecer a biodiversidade, os parceiros irão ajudar a conhecer os produtos. "Temos que chegar na frente de todos, porque ainda não conhecemos todas as espécies da flora e fauna de Roraima. E os novos parceiros poderão nos ajudar a concluir esse trabalho da biodiversidade", frisou

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.