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Ibama libera transporte a madeireiras

GM, Gazeta do Brasil, p.B14
03 de Nov de 2005

Ibama libera transporte a madeireiras
Cinco dias depois de suspender a liberação das Autorizações para Transporte de Produtos Florestais (ATPFs) no Maranhão, Pará e Rondônia, o Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) toma nova decisão. As ATPFs voltam a ser emitidas a partir da próxima segunda-feira, dia 7, nos três estados para madeireiras que estiverem em situação regular e possuam estoques de madeira em tora e serrada de origem comprovada.
As emissões do documento foram suspensas no último dia 27 em até 30, conforme determinação de portaria assinada pelo presidente do Ibama, Marcus Barros. A decisão foi tomada com base nas investigações da operação em curso "Ouro Verde", que identificou um esquema de corrupção e emissão de documentos falsos nos três estados. A operação é uma ação conjunta dos ministérios da Justiça e do Meio Ambiente, e da Polícia Federal.
Somente no Maranhão, a gerência regional do órgão identificou cerca de mil ATPFs falsas - inclusive algumas roubadas, segundo a gerente do Ibama no Maranhão, Marluze Pastos Santos, que participou de uma reunião sobre os resultados alcançados até o momento da Operação Ouro Verde, na última terça-feira, em Brasília.
"Precisávamos dar uma parada nas emissões para poder arrumar a casa", diz Marluze Santos, ao justificar a suspensão temporária da emissão dos documentos, que teve como objetivo reorganizar o setor responsável, o que incluiu descadastrar técnicos, além de identificar as empresas irregulares para que sejam retiradas do sistema.
Operação Ouro Verde
A operação Ouro Verde chegou a prender 42 pessoas envolvidas no esquema de falsificação e roubos das ATPFs. Novos nomes devem ser divulgados nos próximos dias, incluindo de empresas. O esquema vem sendo investigado há mais de um ano, segundo a gerente. A operação chegou a identificar uma gráfica em Goiás, onde eram impressas as ATPFs faltas.
Marluze Santos afirma ainda que as investigações dos documentos falsos foram apenas um momento da operação. O próximo passo é identificar as empresas envolvidas no esquema.

GM, 03/11/2005, p. B14

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