Correio do Estado-Campo Grande-MS
10 de Jul de 2002
De 45 propriedades, nove começam em agosto a receber indenização.
Transcorridos dois anos da criação do Parque Nacional da Serra da Bodoquena, o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) deve começar a indenizar no próximo mês os donos de nove propriedades rurais que integram o Parque Nacional da Serra da Bodoquena. Atualmente, existem outros nove processos de regularização fundiária de fazendas incluídas no parque sendo analisados em Brasília, e prestes a entrar na pauta de pagamentos do Ibama. A previsão é que, até o fim deste ano, pelo menos 40% da área da unidade de conservação esteja devidamente regularizada.
O Parque Nacional da Serra da Bodoquena possui área de 76.481 hectares, distribuídos em cinco municípios (Bonito, Bodoquena, Jardim, Miranda, Porto Murtinho) da região sudoeste de Mato Grosso do Sul. De acordo com o diretor do parque, Adílio Valadão de Miranda, aproximadamente 45 propriedades integram a unidade de conservação. Ele acredita que, com o início do pagamento das indenizações, poderão ser iniciadas as primeiras atividades visando a elaboração do plano de manejo da unidade de conservação.
"É dentro desse plano que se define o zoneamento do parque, definindo o que será área de uso público, de preservação específica ou para estudos, entre outras destinações. Esse trabalho só pode ser iniciado depois de concluído todo o processo de regularização fundiária, mas algumas ações já podem ser iniciadas, como por exemplo o levantamento de pesquisas existentes sobre a região, a licitação de trabalhos de pesquisa que serão desenvolvidos na área, bem como o levantamento do entorno do parque", acredita.
Queimadas
Por enquanto, segundo o diretor, o Parque Nacional da Serra da Bodoquena ainda não sofreu os efeitos da estiagem prolongada. Independentemente disso, desde o ano passado foram capacitadas mais de 100 pessoas para auxiliar na prevenção e combate a incêndios florestais no parque. Destes, 75 são índios moradores das aldeias Alves de Barros e São João, na região de Bonito.
Pelo menos mais duas brigadas deverão ser formadas ao longo deste mês e, de acordo com o diretor Adílio Miranda, também serão contratados temporariamente mais 14 brigadistas, para atuarem na região durante três meses, prorrogáveis por mais três.
(Daniella Arruda-Correio do Estado-Campo Grande-MS-10/07/02)
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