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Ibama identifica nova frente de crimes ambientais no sul do Amazonas

A Crítica - http://acritica.uol.com.br/
03 de Out de 2011

A localidade denominada de Vila da Realidade, a 100 quilômetros da sede do município de Humaitá, (a 591 quilômetros de Manaus) é apontada pelo Ibama como uma nova frente de crimes ambientais no Amazonas.

Segundo o Ibama, na última sexta-feira (30) quatro serrarias e um posto de combustíveis que estavam se instalando na área não apresentavam licenciamento e foram embargados. As multas somam R$ 25 mil. Durante a vistoria foram apreendidos 310 metros cúbicos de madeira.

Foi também detectada uma queimada em pastagem em área já embargada, sendo o infrator autuado em R$ 15 mil.

A ação faz parte da Operação Garicaya, composta por agentes do Ibama, Polícia Militar do Amazonas e Polícia Civil.

Jerferson Lobato, chefe de fiscalização do Ibama no Amazonas, conta que a Vila da Realidade é uma área que está despontando para crimes ambientais. "Antes tinha uma serraria. Agora já está se instalando quatro, mais posto de combustível. E o licenciamento da BR-319 ta fazendo que o pessoal vislumbre possibilidades futuras", disse.

Segundo relatos de funcionários do Ibama em Humaitá, a intensa dinâmica migratória de outros estados, principalmente Rondônia e Mato Grosso está modificando o sul do Amazonas, instalam-se muitos empreendimentos ligados ao agronegócio e ao setor madeireiro.

Conforme o Ibama, o licenciamento da BR-319 está no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, e já está influenciando na ocupação irregular de terras no sul do Amazonas.

De acordo com do Gerente Executivo do Ibama em Humaitá, Abner Brandão, é necessário pensar no desenvolvimento local de uma forma sustentável, considerando os fatores econômicos, sociais e ambientais da região.

Um exemplo de crescimento irregular é o Distrito de Santo Antônio do Matupi, conhecido como quilômetros 180 da BR 230 (transamazônica) no município de Manicoré.

Atualmente o Matupi é o maior polo madeireiro do estado do Amazonas, sendo identificado várias fraudes nos sistemas de controle de madeira (Documento de Origem Florestal-DOF), exploração ilegal de madeira, pistolagem, grilagem de terras, invasão de terras públicas e terras indígenas.

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