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Ibama expande corredores ecológicos

OESP
Autor: Liana John
27 de Nov de 2001

Expansão é discutida com a Agência de Cooperação Internacional do Japão.

Apesar dos 15 corredores ecológicos brasileiros ainda estarem em implantação, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) já anunciou a intenção de expandir o programa. E vai discutir esta expansão com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) num seminário, em Brasília, nos próximos três dias. Criado em 1993, o programa só começou a se concretizar, de fato, em 1999, com as primeiras ações no corredor binacional Guaporé/Itenez-Mamoré, que une 21 parques e reservas de floresta amazônica, floresta de transição e chacos, na fronteira Brasil/Bolívia.

Os corredores ecológicos unem parques, reservas biológicas, estações ecológicas e unidades de conservação de uso direto (florestas nacionais, reservas extrativistas) de modo a formar passagens, que permitam a circulação da fauna e a troca de material genético entre grupos de plantas e animais, que, de outra forma, teriam sua sobrevivência de longo prazo ameaçada pelo isolamento.

Os corredores localizados em áreas menos devastadas, como Amazônia e Pantanal, dão prioridade para ações que mantenham a conexão das áreas protegidas, enquanto aqueles implantados em biomas muito fragmentados, como a Mata Atlântica e algumas regiões de Cerrado, procuram recuperar a conexão entre as unidades, além de aumentar a proteção aos remanescentes florestais mais significativos.

Os 15 corredores brasileiros, administrados pelo Ibama e Ministério do Meio Ambiente, unem 247 áreas protegidas, sendo 119 unidades de conservação de proteção integral e 128 de uso sustentável, numa área total superior a 3 milhões de hectares, abrangendo quase todo o Brasil, exceto, por enquanto, a região Sul. O financiamento para sua implantação vem do Programa de Proteção das Florestas Tropicais (PPG-7), Banco Mundial e diversas organizações não governamentais (ongs). Um grande número de associações comunitárias, cooperativas, ongs locais e órgãos estaduais e municipais de meio ambiente estão envolvidos com o programa de corredores, que prioriza iniciativas e alternativas econômicas sustentáveis, capazes de assegurar a manutenção da vegetação nativa ou reconstituída, como base para a circulação da fauna.

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