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Ibama apreende carvão ilegal em siderúrgica

O Globo, O País, p. 12
12 de Mai de 2006

Ibama apreende carvão ilegal em siderúrgica

Ismael Machado

Quase 36 mil metros cúbicos de carvão vegetal que estavam armazenados sem comprovação de origem foram apreendidos ontem pelo Ibama, como conseqüência da operação Aço Preto, desencadeada desde a semana passada no estado do Pará. O carvão ilegal foi apreendido na empresa Siderúrgica Ibérica do Pará, localizada no pólo siderúrgico de Marabá, a 438 km de Belém. A empresa foi autuada em mais de 3,5 milhões de reais. A empresa é reincidente. Já tinha sido multada pelo Ibama em 2004, em mais de meio milhão de reais, por consumir seiscentos mil metros cúbicos de carvão sem comprovação de origem.
Ibama já apreendeu 64 mil metros cúbicos de carvão
Segundo o Ibama, essa foi a segunda maior apreensão de carvão vegetal do país. Com isso, a Operação Aço Preto já apreendeu mais de 64 mil metros cúbicos de carvão vegetal de origem ilegal no Pará. A operação, que começou no dia 27 de março, tem como objetivo o combate a carvoarias e desmatamentos ilegais para produção de carvão nas regiões nordeste e sudeste do estado Pará.
Além dessa apreensão, o Ibama já havia retido na semana passada quase 27 mil metros cúbicos de carvão vegetal de origem ilegal no pátio da empresa Usimar, no município de Barcarena, a 50 km de Belém. Segundo a Usimar, o carvão foi comprado das empresas Primos Ltda. e Santa Edwirges, que foram multadas em 2,6 milhões de reais. Para agravar a situação, a empresa Primos é fantasma, já que não existe fisicamente no endereço citado no município em Dom Eliseu.
Os proprietários das empresas foram localizados ontem e receberam as multas por não comprovarem a origem do carvão vegetal.
Madeireiros também foram multados pelo Ibama
A operação multou ainda o madeireiro Marco Antonio Sivieiro no valor de R$ 2,9 milhões pelo desmatamento de 1.949 hectares de floresta nativa no município de Dom Eliseu, nordeste do estado. Davi Resende também foi multado em cerca de R$ 1,2 milhão por destruir a corte raso 830,07 hectares de floresta nativa, no município de Ulianópolis, nordeste paraense.
A ação do Ibama já atingiu sete municípios: Marabá, Rondou do Pará, Goianésia, Tailândia, Dom Eliseu, Ulianópolis e Paragominas e se concentra nas Rodovias PA-150, que liga a capital ao sul do Pará, BR-222, que liga o Pará ao Maranhão, BR-010 (Belém-Brasília) e BR-230 (Transamazônica).

O Globo, 12/05/2006, O País, p. 12

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