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História dos povos indígenas no Ceará

Jornal O Povo - Overmundo
18 de Abr de 2008

50 crianças celebraram o Dia do índio com aula no auditório do Parque Em vez das salas de aula, o auditório do Parque Botânico, em Caucaia.

No lugar de matemática, português ou ciências, história. A história dos povos indígenas no Ceará, desde o processo de colonização até os dias de hoje. A manhã de ontem foi diferente para 50 crianças da escola Nossa Senhora da Conceição, localizada no Conjunto Ceará. Elas celebraram o Dia do índio com um aulão a respeito das etnias cearense.
Durante a palestra, passado, presente e futuro. Na exposição, artesanato, fotos e rituais. O evento, idealizado pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), continua hoje, também no parque.

A palestra foi ministrada pela secretária-geral da Missão Tremembé, Maria Amélia Leite. Uma aula sobre cidadania indígena. "Ninguém chama mais de tribo. Os índios fazem parte de etnias, povos", iniciou. Um dos objetivos da palestra era desmentir, para os alunos, a idéia de que, no Ceará, não existem mais índios. Ela ressaltou que, no Estado, já houve 42 etnias. "Hoje, oficialmente, são 12. Mas sabemos que, na verdade, são 16", adiantou a professora. Ela abordou, além do processo de colonização, a campanha de demarcação de terras e os costumes.

A pequena Mariana Maciel, 8, era uma das mais participativas. "Os índios têm cultura. Eles fazem redes, potes, roupas", comentou. Ela elogiou a aula e revelou o desejo de conhecer um povo indígena. "Ia ser legal", adiantou. Mariana é aluna do 3o ano do ensino fundamental e parecia não ter dúvidas sobre a data. "é dia 19. Hoje é 17", lembrou. Ela e as outras crianças assistiram um vídeo sobre a flora local e participaram da trilha ecológica. Hoje, outras duas escolas também vão ao Parque Botânico. Haverá a dança do toré com o povo tremembé, palestra e trilha ecológica. A programação é promovida pela Coordenação do Programa Difusão de Culturas Indígenas, do Instituto Fiec de Responsabilidade Social.

E-MAIS
Potiguara de paupina (Grande Fortaleza), jucá (Parambu), gavião (Monsenhor Tabosa e Crateús) e guarani (Crateús). Estas são as quatro etnias que ainda não foram contabilizadas oficialmente no Ceará, segundo Maria Amélia. O povo guarani, ela diz, tem somente um representante. Trata-se de um paulista radicado no Ceará, casado com uma índia tabajara.

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