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Hiran Gonçalves se diz otimista sobre Linhão de Tucuruí e defende PEC 241

Folha BV- http://folhabv.com.br
Autor: Paola Carvalho
10 de Out de 2016

O deputado federal Hiran Gonçalves (PP) esteve recentemente reunido com o presidente da República, Michel Temer (PMDB), para tratar sobre a questão energética do Estado. Para tratar sobre o assunto e outros temas, como a PEC 241, o deputado foi entrevistado do programa Agenda da Semana, na Rádio Folha 1020 AM, no domingo, 09.

Segundo o deputado, a reunião com o presidente contou com a presença dos deputados federais de Roraima e da senadora Ângela Portela (PT). Para ele, a união dos esforços é necessária para que medidas positivas sejam tomadas. "Nós estamos cientes de que a questão da nossa energia transcende à ação política de um ou outro. Essa é uma questão do Estado. Nós já temos uma bancada pequena e se nós ainda nos dividirmos, o nosso poder de convencimento, de pressão, se dilui", defendeu.

Hiran afirmou ainda que se sentiu otimista com as decisões tomadas pelo presidente, Michel Temer, durante a reunião. "O presidente entrou imediatamente em contato com o Ministro da Justiça para solicitar um destravamento da questão da licença de instalação que depende muito de uma negociação com a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Ministro de Minas de Energia", revelou.

O deputado também acrescentou que Temer propôs um prazo de 30 dias para que a questão voltasse a ser discutida para que assim a sociedade de Roraima pudesse ter uma resposta mais concreta sobre o assunto.

Hiran também salientou a necessidade de solução da crise energética. "Nós temos já quase seis anos da licitação. O consórcio que ganhou essa licitação, composto pela Eletronorte e pela Alupar, não vai para frente, apesar dos insumos. Essa empresa já tem sofrido queda das suas ações por conta dessa demora, e em abril do ano passado a empresa solicitou uma rescisão amigável desse contrato e a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) até hoje não respondeu oficialmente a essa solicitação", disse.

"A empresa entrou com uma nova solicitação, no mês passado, para saber do Governo Federal se essa obra vai sair do papel. Essa conversa deles não quererem mais, não é assim. A empresa quer uma resolução, a obra tem que ter um realinhamento de preço e um consentimento da Fundação Nacional do Índio (Funai)", afirmou.

O deputado também revelou que durante a reunião o presidente Temer teria dito que estaria mudando a presidência da Funai e afirmado que "pela vontade da Funai, nós estaríamos voltando ao Brasil-Colônia". "Eu fiquei otimista com isso (a declaração de Temer) porque nós não temos outra saída. Como nós vamos tirar energia de um país que também está passando por dificuldades energéticas, como a Venezuela?", questinou.

PEC 241

Durante o programa Agenda da Semana, o deputado também aproveitou para defender a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) no 241/2016, que propõe a alteração do "Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para instituir o Novo Regime Fiscal" e que tem, entre suas principais medidas, o estabelecimento de um teto de gastos para as despesas com a saúde, educação, assistência social e previdência. A PEC foi recentemente aprovada na Comissão Especial da Câmara dos Deputados e em breve será encaminhada para votação no plenário.

"Nós aprovamos por 23 a 7 na comissão especial da Câmara dos Deputados e tinha um ou outro destaque. Um deles foi em relação aos depósitos judiciais. Os poderes queriam que os rendimentos dos depósitos não compusessem o teto, mas nós recusamos esse destaque. Vai ter que compor o teto. É uma maneira de a gente mostrar que o remédio tem que ser doloroso para todo mundo", disse o deputado.

Para ele, a aprovação da medida é uma forma de recuperar a força econômica do País e evitar que a crise seja ainda mais dolorosa para a população. "É uma PEC difícil de ser aprovada porque ninguém gosta de dar más notícias. Quando é para apertar o cinto, dar um exemplo de seriedade, de estruturar a economia do País, é doloroso", reforçou.

"Nós tivemos uma reunião de trabalho com os líderes, onde foram postas em cheque as contas do País e foi avaliado que se em três anos não for tomada uma medida, nós vamos virar um país como a Grécia, onde se cortou pela metade os salários dos aposentados, houve demissão em massa de funcionários. Acho que nós temos que fazer um sacrifício pelo bem do Brasil para que o País volte a ter uma estabilidade fiscal e possa ter respeito da comunidade internacional", finalizou Hiran.

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