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Hidrelétricas continuam merecendo atenção prioritária, diz ministra Rousseff

Viaecológica-Brasília-DF
29 de Jun de 2004

O novo modelo energético continua priorizando a hidroeletricidade, de acordo com a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. Ela foi criticada por ambientalistas em recente reunião sobre energias renováveis em Bonn, Alemanha, por defender a inclusão das hidrelétricas entre fontes renováveis, com direito portanto a crédito de organismos internacionais. Hoje (28), ela explicou a importância da hidroenergia na matriz energética nacional, afirmando que o setor elétrico do país é preponderantemente hídrico e com bacias de regimes hidrológicos diversos. Em palestra sobre o novo modelo energético do país, Dilma disse que a hidroeletricidade é estratégica para o país e está no centro do setor energético brasileiro, além de ser a forma pela qual se assegura energia a preços módicos para os brasileiros. "Nessa medida, quando falamos em diversificação, não estamos falando em substituir energia hídrica, enquanto nosso potencial desenvolvido for só de 24%, por qualquer outra fonte. Estamos falando em diversificar e aí estamos usando o conceito de complementar e de acrescer. Isto porque estamos muito confortáveis com a nossa energia hídrica, renovável e menos danosa que energias fósseis", garantiu. A ministra alertou que qualquer fonte de energia pode não ser aproveitada de forma ambientalmente correta. "O nosso problema é ter um compromisso com as energias renováveis, já que temos absoluta clareza da vantagem comparativa que o nosso país possui nessa área", afirmou. A ministra participou do seminário "Crises e Soluções na Indústria Elétrica Mundial", evento que reúne até quarta-feira (30), no Hotel Sheraton, mais de 40 palestrantes, vindos de dez países, para discutir os êxitos e os problemas das reformas realizadas mundialmente no setor. Ongs e movimentos sociais têm demonstrado desapontamento com a política do Ministério de Minas e Energia, onde a presença de uma ministra de origem na esquerda poderia significar mudanças radicais no rumo de aumentar a participação das novas fontes renováveis na oferta global de eletricidade no Brasil. Apontam como exemplo de probelams das hidrelétricas o impacto socioambiental, causando situãções como a de Corumbá IV, em Luziania (GO), que está chantagenado o governo para liberar verba do BNDES sem a provação da licença ambiental do Ibama devido a irregularidades constatadas por ongs e Ministério Público de Goiás. (Veja também www.mme.gov.br, www.radiobras.gov.br, www.energia.org.br, www.ambiente.org.br, www.fboms.org.br, www.vitaecivilis.org.br).

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