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Hidrelétrica de Balbina: Risco de rompimento

A Crítica - www.acritica.com.br
Autor: Leandro Prazeres
20 de Jun de 2008

A represa da usina hidrelétrica de Balbina, localizada no Município de Presidente Figueiredo (a 170 quilômetros de Manaus), pode se romper caso o limite das águas ultrapasse os 51,17 metros. O alerta foi dado pelo gerente executivo da usina, Milton Menezes, preocupado com o nível do lago de Balbina que ontem fechou o dia em 51,07 metros.

No último sábado, 14, a empresa Manaus Energia precisou abrir as comportas da usina devido ao aumento das águas, em decorrência das chuvas. Com isso, o nível do rio Uatumã ficou três metros acima do normal, inundando dezenas de casas e isolando pelo menos quatro comunidades.

Os moradores do Vale do Uatumã estão em estado de alerta porque se chover mais nas cabeceiras do rio a inundação deverá ser ainda maior. Aproximadamente mil pessoas encontram-se isoladas.

Milton Menezes explica que as comportas estão com um terço de sua abertura total e que se chover mais nas cabeceiras do rio Uatumã ou na região do lago, a Manaus Energia (empresa que administra a usina) será obrigada a abrir ainda mais as comportas. "Se abrirmos mais as comportas, a área alagada pode aumentar consideravelmente. Não temos como dimensionar o tamanho da área atingida", alerta o gerente.

Invasão d'água
Na comunidade São José do Uatumã, no Km 13 do ramal da Morena, as aulas de, aproximadamente, 800 alunos foram suspensas desde a última segunda-feira. Com a subida imprevista do nível do rio, os alunos não têm mais como tomar o ônibus que os levava para a escola. "Isso está prejudicando a vida das nossas crianças. É esperar que não chova mais e que o nível do rio volte ao normal", afirma o presidente daquela comunidade, Manoel Barbosa de Farias.

O técnico agrícola da Manaus Energia, Bruno Pereira, afirma que a empresa está disponibilizando coletes salva-vidas e "voadeiras" para os moradores das comunidades atingidas. "Subimos e descemos o rio avisando as comunidades de que o nível da água iria subir. Todos sabiam que as comportas seriam abertas. Estamos oferecendo transporte fluvial para os moradores isolados", afirma.

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