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Hepatites B e C atingem indígenas de Rondônia

Radioagência NP
Autor: Juliano Domingues
29 de Jun de 2007

Uma pesquisa realizada pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), no município de Guajará-Mirim, Rondônia (RO), revelou que 12% da população indígena da região é portadora do vírus da hepatite B ou C. O estudo, realizado em 2005, teve seus resultados divulgados somente agora. No total, cinco aldeias foram avaliadas. Em 836 amostras de sangue coletados dos índios, 100 apontaram infecção.

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi), que teve acesso à pesquisa somente depois de ter enviado um ofício para a Funasa, acusa a Fundação de não estar aplicando providências necessárias para o tratamento dos indígenas e, além disso, mantêm sigilo sobre a situação das pessoas doentes.

O Vice-presidente do Conselho Distrital de Saúde de Guajará Mirim, Silas Oro Naó, diz que a Funasa tem sido negligente, mas também reclama do sucateamento que o órgão vem sofrendo.

"Os casos de hepatite aqui em Guajará estão cada vez mais graves. Inclusive já faleceu uma senhora no ano passado. A parte da Funasa é fazer educação preventiva dentro da comunidade. A Funasa hoje, sofre pela falta de estrutura mesmo, principalmente de transporte para eles [ agentes de saúde da Funasa] atuarem nas áreas".

A Funasa justifica o sigilo e falta de atuação dizendo que ainda aguardam resultados a serem entregues pelo laboratório responsável.

Pessoas com hepatite crônica necessitam de um acompanhamento médico contínuo. Diferente da hepatite A, que não deixa seqüelas, as hepatites B e C, se não tratadas, podem levar até à morte.

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