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HEPATITE B ATINGE ÍNDIOS BRASILEIROS

SEGS.com.br
Autor: Juliana Mezzato
03 de Abr de 2007

Estudo realizado pela Funasa aponta que 56,5% dos indígenas estão infectados com o vírus HBV

O dia 19 de abril, data em que é comemorado o Dia do Índio, vai além de um mero simbolismo para homenagens. Ele representa uma oportunidade de alerta sobre as dificuldades enfrentadas pelos povos que, segundo dados da Fundação Nacional do Índio (Funai), respondem atualmente por 0,25% da população brasileira e tem a saúde como um de seus problemas mais expressivos.

Pesquisa realizada pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa) com mais de 300 indígenas da região do Vale do Javari, às margens do Alto Solimões, Amazonas, aponta que cerca de 56,5% dos indivíduos analisados tiveram contato com o vírus HBV, da hepatite B, quando o índice aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de apenas 2%. O dado é alarmante para os especialistas, uma vez que a hepatite B contagia até 100 vezes mais do que a Aids.

De acordo com o Dr. Rafael Sani Simões, gerente médico da Roche, entre as DSTs, a hepatite B é uma das que mais preocupam. "O grande problema da doença é que, em cerca de 10% dos pacientes adultos, ela pode evoluir para outras formas de enfermidades crônicas, como cirrose e câncer, sem que a pessoa perceba o risco que ela representa para sua saúde", afirma. O vírus HBV ataca o fígado e pode ser encontrado no sangue, sêmen, saliva, secreção vaginal, fluído menstrual, urina e no leite materno.

A freqüente ausência de sintomas é um dos fatores que dificultam o diagnóstico e, muitas vezes, levam o paciente a iniciar um tratamento tardio e inadequado, que pode resultar na necessidade de um transplante de fígado. Quando surgem, os possíveis sinais da hepatite B vão desde cansaço, mal-estar, dores de cabeça e no corpo, falta de apetite e febre até a mudança da coloração das mucosas e pele, que ficam mais amareladas. A urina de coloração escura e as fezes mais claras também fazem parte do quadro de sintomas.

Segundo o Dr. Simões, a vacinação, a realização do teste de detecção do vírus, o não compartilhamento de objetos cortantes e de higiene pessoal, além do uso da camisinha, são cuidados indispensáveis para se evitar a propagação da doença. "A vacinação é o método mais eficaz para impedir a proliferação do vírus da hepatite B", conclui o especialista.[14]

Tratamento

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fatores primordiais para que aqueles pacientes com a forma crônica da doença possam recuperar sua saúde. Felizmente, a hepatite crônica B pode ser controlada. No Brasil, o tratamento com Pegasys (alfapeginterferona-2a), uma medicação que estimula o controle do HBV pelas células de defesa, já está liberado pela ANVISA. Além disso, medicações que atrapalham a multiplicação do vírus no fígado também podem ser utilizadas. Com o tratamento correto é possível evitar a evolução da doença para quadros mais graves, como cirrose e câncer de fígado. Saiba mais sobre a doença visitando o site: www.hepatites.com.br, no link hepatite B.

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