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H1N1: Funasa e FVS visitam aldeias Yanomami no Amazonas

Funasa - www.funasa.gov.br:8080/siscanot/noticias/not_2010/not.php?cod=28
12 de Jan de 2010

Dirigentes da Funasa e da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) que visitaram aldeias no estado do Amazonas, no final da semana passada, para analisar a evolução dos casos de surto de gripe provocada pelo vírus Influenza (H1N1) constataram que, apesar do aumento de casos de síndrome gripal, não há registro de novos casos, nem de mortes. Na ocasião, além da avaliação do estado de saúde geral dos indígenas da região, também foi feita uma coleta de material entre os residentes das aldeias, que foi enviado ao Instituto Evandro Chagas. Os resultados ainda não foram divulgados.

A visita foi realizada na sexta-feira (8) e no sábado (9) e contou com as presenças do coordenador regional da Funasa no Amazonas (Core/AM), Worney Amoedo Cardoso; do diretor-presidente da FVS do Amazonas, Bernardino Albuquerque; do diretor técnico do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Yanomami, Oneron Pithan; do técnico da Secretaria Executiva Adjunta do Interior (SEA Interior) do estado do Amazonas, Paulo David Braga; e da enfermeira Vivian Ramirez, da Core/AM.

Aldeias - O grupo esteve, inicialmente, no município de Santa Isabel do Rio Negro (AM) onde foram registrados os dois mais recentes casos de H1N1 entre indígenas, no fim de dezembro passado. Em seguida, a equipe se deslocou até às aldeias yanomamis de Kona e Ixima por meio de um helicóptero cedido pela Funasa, em razão do alto grau de dificuldade de acesso. Na aldeia Kona, onde existem 184 indígenas, foi feita uma visita ao Posto de Saúde local. Os índios foram informados sobre a doença e os meios de evitá-la. Foram observados alguns casos de gripe entre crianças e adultos, mas nenhum caso suspeito de contaminação por H1N1.

Na aldeia Ixima, o técnico de enfermagem residente na área confirmou a ausência de surto de gripe entre os habitantes e falou sobre o trabalho preventivo que vem sendo realizado na aldeia. Segundo informação de Oneron Pithan, já se encontra em execução um Plano de Ação para a gripe A (H1N1), elaborado pela Funasa e pelo Dsei e em execução desde novembro passado.

Monitoramento - Apesar de, atualmente, tanto a Organização Mundial de Saúde quanto outros países com transmissão sustentada terem interrompido a investigação e notificação de casos leves suspeitos por Influenza A H1N1, e o Ministério da Saúde ter recomendado, a partir do dia 1 de janeiro, apenas a coleta de material biológico e notificação, nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), a Funasa orientou os Dseis para que continuem monitorando e registrando todos os casos de síndrome gripal.

"Nossa preocupação é com a vulnerabilidade das populações indígenas às doenças respiratórias, em função das condições sócio-econômicas e até de práticas relacionadas com as tradições culturais. Em 2009, a Funasa investiu na compra de medicamentos mais do que foi gasto nos últimos 10 anos. Nossa prioridade em relação a essa questão é inadiável e indiscutível", ressalta o presidente da instituição, Danilo Forte.

Balanço - Em 2009, até o dia 25 de novembro, foram registrados 380 casos de Influenza Pandêmica (H1N1) entre indígenas no País, dos quais 10 (2,63%) resultaram em óbito - três no Rio Grande do Sul, dois em São Paulo e cinco em Mato Grosso. Já entre a população brasileira, de acordo com dados do Ministério da Saúde, foram constatados 27.850 casos e 1.632 (5,8%) mortes no mesmo período. Na próxima segunda (18), a Funasa divulgará um balanço com os números finais, relativos ao ano passado, da ocorrência de Influenza Pandêmica entre indígenas.

Com relação aos dois casos confirmados de H1N1 no final de dezembro, a Funasa informa que o quadro de saúde dos dois indígenas - Alfredo Yanomami e Eniodo Yanomami, ambos de 28 anos - evoluiu após serem medicados. Os dois já retornaram a suas aldeias. O menino de 10 anos, também da etnia Yanomami, internado com suspeita de H1N1, continua aguardando o resultado da análise da coleta de material biológico. Já os exames da menina de quatro meses, da comunidade de Pohoroá, indicaram um quadro de meningite bacteriana, sem registro de H1N1.

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