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Guiana quer construir hidrelétrica e vender energia para Roraima

Folha de boa Vista-Boa Vista-RR
20 de Ago de 2002

O Governo do Estado vai aproveitar a missão empresarial à Guiana para discutir assuntos de interesse para Roraima, como a pavimentação da rodovia que liga Lethen a Georgetown, formando o Arco Norte (projeto que prevê que Boa Vista esteja interligada ao Amapá, passando pela Guiana Francesa, Suriname e República Guiana), além da conclusão da ponte sobre o rio Itacutu e a construção de um porto na capital guianense.

Outro assunto de interesse para Roraima é quanto à importação de energia. Conforme o presidente da Companhia Energética de Roraima (CER), Antônio Carramilo, o governo guianense já manifestou apoio a uma empresa de Trinidad Tobago, que tem interesse em construir uma hidrelétrica nas proximidades de Georgetown, que produzirá 1,1 mil megawatts de energia.

Metade da produção deverá ser consumida por uma mineradora e o restante a Guiana pretende vender para o Brasil, especificamente para Roraima. Carramilo será o interlocutor do Estado para tratar sobre esse assunto. A primeira reunião para tratar da questão acontecerá hoje com os empresários de Trinidad.

Conforme a proposta inicial encaminhada pela empresa Enmar Services Limited, a intenção da Guiana é vender 500 megawatts para o Brasil através de uma linha de transmissão na tensão de 500 Kilowatts. "Com essa estrutura, a energia importada da Guiana poderia ser levada a Manaus também", comentou Carramilo.

"A energia de Guri nos fornece hoje 200 megawatts de suprimento de energia elétrica. Com a instalação da fábrica de celulose em 2006, o consumo deverá se equiparar à oferta, por isso é importante que se esteja pensando em como oferecer mais energia para a iniciativa privada nos próximos anos", ressaltou o presidente da CER.

O preço da energia, menor que o do Linhão de Guri, seria outro atrativo para que Roraima comprasse a energia da Guiana. "Como a hidrelétrica estará mais perto de Boa Vista e por ser transmitida em uma tensão maior, o custo do produto será menor para o Brasil", explicou.

O Governo do Estado será representado na missão empresarial à Guiana por três secretários ligados à infra-estrutura: Waldemar Pacarat, da Secretaria de Planejamento (Seplan), Waldner Jorge Ferreira, da Secretaria de Obras, além de Antônio Carramilo, da CER

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