VOLTAR

Guaranis só liberam chefe da Funai se novo líder for indígena

Midiammax News
Autor: Jacqueline Lopes
16 de Abr de 2008

Contrários ao afastamento do ex-chefe da aldeia Tey Cuê (morador nativo) – de 3,6 mil hectares - , Silvio Paulo, os cerca de cinco mil índios guarani-caiuá mantêm como refém a administradora da Funai (Fundação Nacional do Índio) de Dourados, Margarida Nicoletti. Ela visitou nesta manhã a área que fica em Caarapó, cidade a 268 quilômetros de Campo Grande.

"Ela está ao telefone falando com a família dela. Está tudo bem. Não aceitamos que ocupe o lugar do chefe Silvio Paulo um não-índio. Ela vai ser solta depois de explicar o que tem contra o Silvio e se aceitar que a comunidade indique um dos professores índios para o lugar", disse o cacique, Otoniel Ricardo, em entrevista ao Midiamax por telefone.

Silvio Paulo teria sido destituído do posto por denúncias de irregularidades.

São pelo menos 30 professores indígenas em Caarapó.

A resistência indígena por conta da mudança na chefia do posto no município, segundo o cacique, foi porque havia uma organização e a comunidade acabou sendo surpreendida quando soube que o antigo chefe foi exonerado há uma semana.

Margarida Nicoletti teria ido até a aldeia para tentar negociar com as lideranças e acabou sendo feita de refém.

Para protestar contra a mudança na chefia do núcleo da Funai no município, ontem, os índios bloquearam a rodovia que liga Caarapó a Laguna Caarapã.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.