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Autor: Valdelice Bonifácio e João Gabriel Vilalba
07 de Set de 2015
Integrantes de movimentos sociais também participaram de brado dos índios
Essa é a nossa bandeira
É por amor a essa Pátria Brasil
que a gente segue em fileira...
Cantando com reverências à Nação Brasileira, indígenas fecharam o tradicional Desfile Cívico da Independência, neste 7 de Setembro, no Centro de Campo Grande. Índios das etnias terena, guarani e caiuá participaram e foram ajudados por integrantes de movimentos sociais de luta pela terra e entidades trabalhistas como a CUT que também se uniram ao brado indígena por Justiça.
Além do avanço nas demarcações de terras, os indígenas cobram punição aos executores e envolvidos nas mortes de índios em locais de disputa por terras. Em 29 de agosto, Simeão Vilhalva, de 24 anos, foi assassinado em uma propriedade rural em Antônio João, área de conflito com ruralistas, que agiam para retomar fazendas ocupadas.
Hoje, durante o manifesto, os indígenas pronunciaram em voz alta os nomes dos indígenas mortos, seguidos por um brado igual para todos: "Vive, vive!"
A movimentação no Centro da Capital terminou pouco antes das 11 horas. Cerca de 10 mil pessoas assistiram ao tradicional Desfile Cívico. Houve um princípio de tumulto quando um morador de rua invadiu o local para pegar uma latinha. No momento, caminhões do Exército desfilavam pela Rua 14 de Julho.
Ele foi retirado do local rapidamente por Policiais Militares. Ao menos seis pessoas passaram mal, a maioria devido a queda de pressão e foram socorridas pela Defesa Civil que esteve de prontidão no local.
Autoridades civis como o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), a vice-governadora Roseane Modesto (PSDB) e o prefeito de Campo Grande Alcides Bernal (PP) compareceram.
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