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Greenpeace faz ato em SP por ativistas detidos na Rússia

O Globo, País, p. 13
06 de Out de 2013

Greenpeace faz ato em SP por ativistas detidos na Rússia
Manifestação fez parte de mobilização mundial; brasileira está entre os acusados de pirataria

SÃO PAULO - Cerca de cem ativistas do Greenpeace se reuniram no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, na manhã de ontem, para pedir a libertação da bióloga brasileira Ana Paula Maciel, detida na Rússia com outros 27 militantes da ONG e dois jornalistas durante protesto em uma plataforma de petróleo do Ártico.
No evento, vestidos de branco e ao som de maracatu, os manifestantes pediram aos transeuntes da região para assinar uma petição pública que será enviada à presidente Dilma Rousseff e ao embaixador da Rússia no Brasil. Os pedestres também eram convidados a escrever mensagens de apoio aos detidos, que foram penduradas num varal.
Segundo o site brasileiro do Greenpeace, a família de Ana Paula, que vive em Porto Alegre, participou do ato.
- Estou emocionada com a presença de tantas pessoas que não conheciam minha filha, mas que vieram aqui prestar solidariedade - disse Rosangela Maciel, mãe da ativista. - Eu não só tenho esperança, como tenho a certeza de que minha filha, muito em breve, voltará para casa. Rosangela pediu a intervenção da presidente Dilma no caso de Ana Paula:
- Ela foi uma guerreira como minha filha e já foi presa porque lutava por algo em que acreditava. Acho que, como mãe, ela vai se solidarizar com a Ana Paula e intervir junto às autoridades russas pela libertação de minha filha e das outras pessoas presas.
O ato em São Paulo fez parte de uma convocação do Greenpeace por uma mobilização mundial, ontem, em favor dos 30 tripulantes do "Arctic Sunrise", detidos desde o dia 18 do mês passado e acusados formalmente pela Justiça russa de pirataria. A embarcação tem bandeira da Holanda, país que promete levar o caso um tribunal internacional.
A previsão era que manifestações fossem realizadas em pelo menos 47 países. Em Moscou, simpatizantes do Greenpeace se reuniram no parque Gorki.
O tribunal regional de Murmansk se pronunciará na terça- feira sobre os recursos apresentados contra a detenção dos ativistas do Greenpeace. Se o grupo for condenado, o tempo de prisão pode chegar a 15 anos.

O Globo, 06/10/2013, País, p. 13

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