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Greenpeace em nota diz que não participou de ataque de índios no Jurumé

24 horas News-Cuiabá-MT
Autor: Altair Nery
17 de Ago de 2005

Em e-mail enviado à redação do Diarionews, a Organização Não Governamental Greeenpeace refuta a informação de que um avião anfíbio pertencente à Ong teria sobrevoado a região do conflito um dia antes do ataque indígena contra o empresário Ari Carneiro de Moraes, proprietário de uma fazenda na divisa entre Mato Grosso e Amazonas. Ari é proprietário da Fazenda Jurumé (Mato Grosso) e da Pousada Jurumé (Amazonas) e no domingo, 07, a área foi invadida por um grupo de 25 indios da etnia Apiaká, que agrediram a chutes e ponta-pés, tendo acertado uma paulada na cabeça do empresário e uma flechada na perna esquerda. Ari perdeu os sentidos e só acordou quando estava voando à Alta Floresta para atendimento médico. Ele foi salvo por um funcionário da Funai que tinha ido até a localidade para levar mantimentos para os índios. Um detalhe no entanto chama a atenção, o porquê da Funai ter levado comida aos índios naquele local, sendo qua a aldeia deles, segundo as informações repassadas à imprensa, fica a mais de 600 km do local do ataque.
No comunicado enviado à redação do Diário, Paulo Adario, que assina como coordenador da Campanha Amazônia do Greenpeace, disse ter entrado em contato com a Promotoria Pública e se prontificado a enviar o Plano de Vôo da aeronave da organização. "Nosso avião não sobrevoou o hotel onde houve o conflito. (...) O avião integra um time do Greenpeace que está em expedição pela BR-163 para documentar os impactos causados pela rodovia no meio ambiente e na vida da população local", disse, acrescentando que o Greenpeace "jamais patrocinaríamos qualquer ato como o inaceitável ataque a um hotel por um grupo de índios, independente das justificativas que os atacantes possam ter. Não conhecemos a natureza do problema que resultou nessa agressão, nem podemos avaliar as razões que moveram o grupo atacante. Mas atos de violência são contra nossos mais caros princípios e por isso nos solidarizamos com as vítimas, com o sr. Ari Carneiro de Moraes, ferido no ataque, e com os turistas que, segundo a imprensa, foram mantidos como reféns".

O documento assinado por Paulo Adario mostra preocupação com a integridade física dos ativistas que atuam sob o prisma da defesa do meio ambiente, e ataca a reportagem do Diarionews dizendo que alguns erros foram registrados, como por exemplo, a afirmação de que o Greenpeace é uma organização Americana. "Somos uma organização global, com mais de 30 escritórios nacionais - inclusive no Brasil", afirmam. No entanto, no final da mensagem existe a seguinte inscrição: Greenpeace Amazon Campaign Media Officer NEW MOBILE: +55 92 8114 4517 Direct: +55 92 627 9003.

O New mobile (novo [celular] móvel) e o Direct (telefone principal) trazem um código de área internacional (+55) e seguem com os respectivos telefones, celular e convencional da Companhia

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