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Greenpeace assina acordo com seringueiros da Amazonia: objetivo e desenvolver uma campanha nacional e internacional pela criacao de reservas extrativistas na Amazonia brasileira, com 1,3 milhao de hectares e cerca de 15 mil pessoas

Agencia Estado
08 de Dez de 2003

Greenpeace assina acordo com seringueiros da Amazônia
Objetivo é desenvolver uma campanha nacional e internacional pela criação de reservas extrativistas na Amazônia brasileira, com 1,3 milhão de hectares e cerca de 15 mil pessoas
São Paulo - O Greenpeace assinou em Alter do Chão, local próximo a Santarém (PA), um termo de cooperação com o Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS). O objetivo é desenvolver uma campanha nacional e internacional pela criação de reservas extrativistas na Amazônia brasileira.
De acordo com nota divulgada pela entidade ambientalista, estão previstas as reservas Resex Verde para Sempre (em Porto de Moz), a Resex Renascer (em Prainha) e o mosaico de áreas protegidas da Terra do Meio, no Estado do Pará. O CNS, com ajuda do Greenpeace, vai abrir um escritório em Porto de Moz.
Essa área da reserva tem aproximadamente 1,3 milhão de hectares e vai abrigar cerca de 15 mil pessoas. O objetivo do acordo, assinado no domingo, é apoiar a realização dos levantamentos e projetos necessários para criar estas unidades de conservação.
Trabalho de Chico Mendes
O CNS representa trabalhadores agroextrativistas organizados em associações, cooperativas e sindicatos. Foi criado em outubro de 1985 como resultado do trabalho do líder seringueiro Chico Mendes, assassinado em 1988.
O Conselho é composto de seringueiros, coletores de castanha, açaí, cupuaçu, quebradeiras de coco babaçu, balateiros (fazedores de balaio), piaçabeiros, integrantes de projetos agroflorestais e extratores de óleos e plantas medicinais. O CNS teve papel ativo na criação de pelo menos sete Resex brasileiras, entre elas a reserva Chico Mendes, com 1 milhão de hectares.
Entidade ambientalista global, o Greenpeace combate a compra ilegal de madeiras nas regiões de Porto de Moz e Prainha, até que as reservas sejam acordadas e criadas. Em comunicado, o Greenpeace afirma que a atividade madeireira na região é realizada em terras griladas, sem respeito à legislação florestal brasileira e aos direitos das comunidades locais.

Agencia Estado, 8/12/2003

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