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A Grave Situação das Hepatites B e D no Vale do Javari

Centro de Tradições Indígenas (CTI)
16 de Ago de 2004

O Centro de Trabalho Indigenista (CTI) iniciou um movimento para alertar a comitiva da ONU que estará no Brasil no próximo dia 17, para a grave situação de saúde dos índios Marubo, Mayoruna, Kanamari, Kulina e Matis, infectados por hepatites B e D, e sem assistência médica. O Objetivo é fazer com que Comitiva tome conhecimento dessa realidade.

Segue-se abaixo trechos do documento que será encaminhado à comitiva da ONU, em defesa da integridade dos povos que habitam no Javari, no Amazonas.

" Somente nos últimos três anos foram confirmados 22 óbitos por hepatites B e D e/ou Síndrome Febril Ictero Hemorrágica Aguda, sendo 17 desses casos apenas em 2003 e dois em 2004. A Síndrome têm vitimando adultos e crianças dos povos Marubo, Mayoruna, Kanamari, Kulina e Matis.

Dia 08 de junho de 2004, o Centro de Trabalho Indigenista (CTI) encaminhou e protocolou o Dossiê elaborado pela instituição - A Grave Situação das Hepatites B e D no Javari - ao Ouvidor do Ministério da Saúde, ao Presidente da FUNAI e ao Secretário Especial dos Direitos Humanos do Ministério da Justiça e a Sexta Câmara do Ministério Público Federal e Organização Mundial de Saúde (OMS). Infelizmente esses órgãos ainda não se pronunciaram.

Em julho passado, cerca de 150 indígenas ocuparam a sede da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em Atalaia do Norte (AM), em protesto à morosidade e ao descaso com que vem sendo tratada a questão. Na mesma época, o CTI anunciava à imprensa brasileira o estado de calamidade vivenciado por esses povos.

Neste momento, sequer sabem-se quantos índios estão infectados pela Síndrome. "A Funasa continua abandonada e as únicas justificativas deste órgão são de que não há recursos, falta combustível até para seus técnicos se deslocarem para a aplicação das vacinas".

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