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Governo investe para reduzir desmate em MT

O Globo, O País, p. 14
26 de Mai de 2011

Governo investe para reduzir desmate em MT
Em cidade que concentra maior destruição ambiental do país, ministra lança megaoperação

Cleide Carvalho

SINOP (MT). A devastação verificada nas imagens dos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) levou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a Mato Grosso ontem, um dia após a aprovação do novo Código Florestal. Acompanhada do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ela anunciou que a meta do governo federal é reduzir o desmatamento ilegal a zero em Mato Grosso até julho, num compromisso conjunto com o governo estadual.
- Quem cometeu o crime, o Estado terá de punir, e a punição deverá se tornar pública - afirmou a ministra, ao lado do governador Silval Barbosa.
Na saída da sede do Ibama em Sinop, a ministra evitou comentar a aprovação do novo código, afirmando que as discussões ainda aconteciam em Brasília.
Ela classificou o pico do desmatamento no estado em abril como uma ação pontual. Segundo ela, o desmatamento ocorreu em 15% dos municípios do estado, enquanto todos os demais apresentaram diminuição do índice de destruição.
Na sede do Ibama em Sinop, área que concentra a maior devastação do país, a ministra anunciou a instalação de uma megaoperação conjunta de proteção à Amazônia Legal, com ocupação de reservas ambientais e terras indígenas por Força Nacional, Exército, Polícia Federal e fiscais do Ibama.
Segundo ela, as terras embargadas nas operações serão ocupadas, e o Exército dará apoio para retirada de todo bem e mercadorias apreendidos, incluindo gado, madeira e eventuais produtos agrícolas. Nas estradas, a Polícia Rodoviária Federal iniciou barreiras para apreender madeiras ilegais, com fiscalização de documentação.
Izabella cobrou do governador o compartilhamento de dados de desmatamento e anunciou o início do acompanhamento pela PF das imagens, em tempo real, de reservas florestais, Áreas de Proteção Ambiental (APA) e reservas indígenas, por meio da parceria com o Inpe.

O Globo, 26/05/2011, O País, p. 14

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