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Governo inicia Proextrativismo com 200 famílias beneficiadas

Amazônia Brasil Rádio Web - http://chicoterra.com/
Autor: Elder de Abreu
16 de Jul de 2013

Após uma série de estudos sobre a produção do segmento florestal, o Governo do Amapá colocará em prática mais um plano para fomentar e dinamizar a economia rural no Estado.

Sob o slogan "Produzir para Conservar", o Programa de Desenvolvimento da Produção Extrativista do Amapá (Proextrativismo) será lançado nesta quinta-feira, 18, durante a programação do PPA Participativo 2013/2015, no município de Mazagão.

O objetivo do programa - que é coordenado pelo Instituto Estadual de Florestas do Amapá (IEF) - é fomentar e desenvolver as cadeias produtivas do açaí, castanha-do-brasil, cipó-titica e madeira. Os benefícios para extrativistas que trabalham com estes produtos vão desde o aporte financeiro para promover o manejo no processo de extração, licenciamento ambiental, assistência e técnica para a melhoria na qualidade do produto a ser comercializado, até as compensações ambientais.

Até 2014, duas mil famílias deverão ser contempladas pelo Proextrativismo. Durante o lançamento, nesta quinta-feira, o governador Camilo Capiberibe entregará o cartão do programa para as primeiras 200 famílias selecionadas. Com esta credencial em mãos, os extrativistas poderão ter acesso ao aporte financeiro previsto pelo plano.

Produtores de madeira terão um incentivo de R$ 3,5 mil. Os que trabalham com açaí e com a castanha-do-brasil serão beneficiados com R$ 1,5 mil. E extrativistas do cipó-titica receberão R$ 1 mil. Os recursos são do Fundo de Desenvolvimento Rural do Amapá (Frap) - originário do cálculo de 2% da receita de arrecadação do Executivo estadual.

De acordo com o coordenador do Proextrativismo, o engenheiro florestal Madson Alan Rocha, R$ 3,25 milhões, não reembolsáveis, estão garantidos. Segundo ele, até o final deste ano o programa atingirá mil famílias.

"O programa vai fortalecer as atividades produtivas familiares, propiciar o aumento quantitativo e qualitativo da produção, e a inserção competitiva desses produtos da sociobiodiversidade no cenário local, regional e nacional. Isso é resultado da política de governo para o setor florestal", comentou diretora-presidente do IEF, Ana Euler.

O governador Camilo Capiberibe observou que o Proextrativismo vai balizar as informações do setor e, com isso, por fim a especulação e desvalorização dos produtos. "Com o acesso às informações, o produtor vai poder vender o seu produto a um preço mais justo. A nossa gestão olha para o extrativismo como um instrumento de desenvolvimento econômico para o Amapá. Queremos as nossas florestas produzindo mais alimentos e ajudando na redução da pobreza", analisou o chefe do Executivo.

Compensação ambiental

A segunda fase do Proextrativismo compreende linhas de crédito específicas, com recursos mais robustos, para os beneficiados que cumprirem com as orientações da primeira etapa. Essas linhas de crédito são destinadas a pagamento por serviços ambientais. Elas serão amortizadas.

"É uma compensação pelo fato dos produtores manterem a floresta em pé. Os nossos extrativistas são provedores de serviços ambientais e, por isso, têm que ser recompensados", justificou o governador.

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