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Governo garante empenho para liberar funcionamento de laticínios

Assesoria da AL/MT - http://www.joseriva.com.br/
Autor: Itimara Figueiredo
17 de Mar de 2011

Os prefeitos da Região Norte do Araguaia saíram satisfeitos da segunda rodada de reuniões sobre liberação de licenças ambientais para os laticínios de Bom Jesus do Araguaia e Alto Boa Vista. A pedido do presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP), a reunião foi realizada nesta quinta-feira (17), no Palácio Paiaguás, com o governador Silval Barbosa (PMDB).

"O governador foi sensível com a classe produtora e fará o levantamento da situação para buscar o entendimento e impedir que os laticínios fechem", disse Riva, que também se reuniu com os prefeitos ontem (16). Ele lembrou que a paralisação das atividades pode provocar um grande impacto econômico e social, pois os pequenos produtores vivem dos laticínios da região.

"Silval já conversou com o secretário de Meio Ambiente [Alexander Maia] e nos garantiu agilidade para resolver o impasse", comemorou o prefeito de Bom Jesus do Araguaia, Aloísio Irineu Jakobi (DEM). Ele explicou que pediu o intermédio da Assembleia para impedir que o Laticínio Cássio Nei continue embargado por falta de licença ambiental. Localizado na Gleba Macife, a área esbarra na falta de regularização fundiária, um dos principais fatores para a suspensão das atividades. Contudo, o empreendimento representa aproximadamente 20% da economia da cidade. "Se continuar embargado o laticínio e as áreas da reserva indígena, o município ficará sem condições para trabalhar. O laticínio é a única fonte de renda para 380 famílias que vivem da venda do leite. Elas aguardam há quase 20 anos pela regularização da terra, como poderiam viver sem produzir?", questionou Jakoby.

A mesma insegurança acontece com os 5,5 mil habitantes de Alto Boa Vista. Mesmo sem mensurar o tamanho do impacto econômico, o prefeito Aldecídes Milhomem de Cerqueira (DEM) alerta para o grande número de famílias que ficarão desempregadas, caso o Laticínio Alto Boa Vista, já notificado, também seja embargado. Lá, o impasse existe porque parte do território municipal, ocupado por litígio, pertence a Reserva Indígena Maraywatsed.

"Essa é uma parcela importante para o Araguaia, que é uma região pobre e precisa dessa produção para impulsionar a economia. Sem esse laticínio pelo menos 200 famílias ficarão desempregadas", afirmou.

Além desses municípios, o impacto econômico afeta também as cidades de Querência, Ribeirão Cascalheira, São Felix do Araguaia, Canabrava do Norte, Porto Alegre do Norte, Serra Nova Dourada e Novo Santo Antônio. "Os embargados atingem metade da produção dos laticínios. Por isso, pedimos às autoridades que intercedam para que a bacia leiteira não seja inviabilizada", ressaltou Fernando Gergen, presidente da Associação dos Municípios Mato-grossenses do Norte do Araguaia, que tem 20 cidades associadas.

http://www.joseriva.com.br/v2010/noticia-ver/17-03-2011/governo_garante…

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