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Governo Federal pretende reduzir a mortalidade infantil indígena pela metade em três anos

CIR-Boa Vista-RR
18 de Jun de 2003

A proposta do governo federal é reduzir em 50%, nos próximos três anos, a mortalidade infantil entre crianças menores de um ano nas populações indígenas. Pretende ainda eliminar o tétano neo-natal e erradicar a desnutrição nos povos indígenas. Esta foi a afirmação do atual diretor do Departamento de Saúde Indígena da Fundação Nacional de Saúde (Desai/Funasa), Ricardo Chagas, durante uma reunião com entidades ligadas à saúde indígena no auditório da Funasa, em Boa Vista, no último dia 17.

Ele disse também fazem parte das propostas de trabalho atingir coberturas vacinais adequadas em 100% dos distritos sanitários indígenas, implementar os programas de combate a tuberculose e prevenção de tumores de útero e de mama e de doenças sexualmente transmissíveis e da Aids.

Ricardo explicou que estas metas foram traçadas durante reunião promovida pelo (Desai/Funasa), ocorrida entre 4 e 6 de junho em Brasília. O objetivo era discutir as diretrizes da política de saúde indígena do governo Lula e apresentar a agenda de trabalho do período 2003-2006. Participaram da reunião, toda a equipe do Desai e representantes dos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dsei).

Durante a reunião realizada em Boa Vista, ele destacou a importância de investir na qualificação dos profissionais e agentes de saúde indígenas. Como também ser fundamental para se unificar a prática e a forma de desenvolvimento das ações de política de saúde destinadas às populações indígenas. "São eles que estão na linha de frente, junto aos parceiros. São eles que vão colocar em prática as diretrizes e metas do plano de governo", afirmou.

De acordo com Ricardo Chagas, tanto os convênios quanto a execução direta, formas como ainda são efetivadas as ações de política de saúde indígena da fundação, apresentam problemas. O diretor cita como exemplo dessas dificuldades a descontinuidade das atividades, no caso dos convênios, e a falta de instrumentos para realização do trabalho, no caso da execução direta.

Ele ainda explicou que a implementação da política de saúde indígena por meio do termo de parceira dá maior garantia à execução do serviço e assegura melhoria da qualidade de vida da população-alvo. Ele observou que essas organizações serão caracterizadas como prestadores de serviço sob gestão do Ministério da Saúde/Funasa.

Dr. Paulo Daniel, coordenador-médico do Convênio CIR/Funasa, argumentou que mesmo com um orçamento apertado, dificuldade de locomoção para algumas malocas, o Conselho vem desenvolvendo suas atividades sempre em parceria com as comunidades. Salientou o investimento que vem sendo feito para a formação de agentes indígena de saúde e apresentou algumas propostas como, por exemplo, a liberação de recurso para a construção de pólo-base e mini-postos de saúde nas comunidades para facilitar a cobertura vacinal.

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