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Governo de RO diz que estado não precisa mais desmatar para produzir

G1 - http://g1.globo.com/
Autor: Ivanete Damasceno
21 de Jan de 2014

"Nós chegamos no limite do desmatamento no estado", diz Lucindo Martins dos Santos, coordenador de proteção ambiental da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) em Rondônia. Segundo o coordenador, o estado não precisa mais desmatar nenhum hectare para produzir. Porto Velho, Cujubim e Machadinho D'Oeste foram os líderes do desmatamento ilegal em 2013 no estado que desmatou cerca de 21% a mais no ano passado, se comparado a 2012. Ações de conscientização estão sendo desenvolvidas pelo Estado para aproveitar as áreas já degradadas.

Lucindo diz que são vários os fatores que contribuem para o desmatamento. Dentre eles, a expansão agrícola, onde o pequeno produtor vende sua terra legalizada, para um grande produtor, por um preço mais elevado, e compra uma área de floresta, por um preço menor. "O camarada pensa: Eu não vou comprar floresta para manter em pé. Aí, ele não vai ao órgão ambiental pedir autorização e derruba o que não poderia. E se ele está recomeçando, ele precisa produzir, por isso desmata", frisa.

Em outros casos, há ainda a expansão pecuária, quando o produtor deixa de cuidar do solo e ele fica fraco para o pasto, sendo obrigado a procurar outras áreas. Lucindo cita ainda a especulação imobiliária, onde uma empresa ou pessoa compra uma área de floresta, derruba, faz os lotes e vende. Além disso, há ainda as pessoas que desmatam um ou dois hectares. "O nosso maior problema é o somatório de pequenas quantidades. Parece pouco para uma unidade, mas o somatório é uma área muito grande", diz o coordenador.

"Hoje, nós não precisamos desmatar nem um hectare para produzir. Nós precisamos é adquirir tecnologia para utilizar as áreas desmatadas de forma racional", enfatiza Lucindo. Ele ressalta que os produtores rurais, pecuaristas precisam buscar tecnologias para melhor aproveitamento das áreas já degradadas e procurar orientação na própria Sedam.

De acordo como setor de educação ambiental da Sedam, já existem projetos que estão sendo desenvolvidos em comunidades rurais para que os produtores possam fazer melhor aproveitamento dessas áreas degradadas, sem a necessidade de desmatar. "Nós estamos levando às comunidades, alternativas, formas de melhoria destes solos. É um trabalho de conscientização", afirma Eliezer Oliveira, coordenador de educação ambiental da Sedam.

http://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2014/01/governo-de-ro-diz-que-e…

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